As autoridades de saúde do Estado de Goiás estão preocupadas com a baixa procura pela vacinação com imunizante bivalente contra a Covid-19, disponível desde o dia 27 de fevereiro. Até o momento, apenas 12,95% do público-alvo, que corresponde a 1.587.689 pessoas, foi imunizado, o que representa um número consideravelmente baixo. A vacina bivalente está disponível para todos os públicos que têm prioridade desde o dia 20 de março, mas a procura ainda continua abaixo do esperado.
O início do período seco e frio é uma época preocupante, já que favorece o aumento do número de casos de SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves), o que pode levar a um agravamento da doença. Os óbitos por SRAG entre adultos acima de 30 anos têm como principal causa a Covid-19. Neste ano, das 185 mortes pela síndrome, 120 foram em decorrência da Covid-19.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Flúvia Amorim, alerta para a necessidade da população se vacinar para se proteger do agravamento da doença. Ela ressalta que a vacina bivalente protege contra a variante Ômicron, prevalente em todo o mundo, além das suas subvariantes. É importante que as pessoas se conscientizem da gravidade da situação e busquem se proteger.
A baixa adesão à vacinação pode ser explicada pela falta de interesse da população nas informações oficiais baseadas em provas científicas e também por notícias falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens. É fundamental que as pessoas busquem informações e sejam conscientes da importância da vacinação para proteger a si mesmas e todos ao seu redor.
Para ter acesso à vacina bivalente, é preciso tomar pelo menos duas doses do esquema primário com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, é necessário cumprir o intervalo mínimo de quatro meses da aplicação da última dose. A vacina está disponível em todos os 246 municípios do Estado desde a primeira fase da campanha.
Podem se vacinar pessoas com mais de 60 anos, indivíduos com comorbidades, gestantes e puérperas, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e população ribeirinha, pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa duração e os trabalhadores dessas instituições, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos de idade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade.
Publicado por: Badiinho Moisés