A Justiça Federal do Espírito Santo ordenou na noite da última terça-feira (25) que o Telegram suspendesse suas atividades no Brasil por não fornecer informações solicitadas sobre grupos neonazistas. O aplicativo enfrentará multas de R$ 1 milhão ou 5% do faturamento da empresa no Brasil em 2022, o que for menor, se não enviar os dados solicitados. O juiz Wellington Lopes da Silva, da 1ª Vara Federal de Linhares, afirma que “os fatos demonstrados pela autoridade policial provaram provas evidentes a propósito do Telegram de não cooperar com a investigação em curso”.
O magistrado solicitou informações sobre usuários de um canal antissemita e um chat com conteúdo semelhante que disseminavam conceitos e símbolos neonazistas. As informações solicitadas incluíam nomes dos usuários dos grupos, CPF, foto do perfil, e-mail, endereço e dados bancários cadastrados. No entanto, as informações fornecidas pelo Telegram foram consideradas insuficientes. O aplicativo informava apenas alguns dados e se referia somente ao administrador de um dos grupos.
Até o momento, o Telegram continua funcionando normalmente, apesar da decisão judicial. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que grupos antissemitas criaram para a violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Ele também solicitou a decisão da Justiça Federal, afirmando que a Polícia Federal pediu e o Poder Judiciário deferiu a multa e suspendeu temporariamente as atividades do aplicativo.
Publicado por: Badiinho Moisés