A ocorrência recente de um caso de tétano em Goiás destaca a importância da vacinação. Um homem de 53 anos ficou hospitalizado na UTI após desenvolver uma forma grave da doença, resultado de ter pisado em um prego enferrujado. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância de completar o esquema vacinal tanto em adultos quanto em crianças. O paciente é residente de São Luís de Montes Belos e ficou em estado grave no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, em Goiânia. Desde 2018 até abril de 2023, Goiás registrou 28 casos de tétano acidental, sendo que 6 deles resultaram em óbito.
O tétano pode ser evitado por meio da vacina, que requer reforço a cada 10 anos, mesmo para aqueles que completaram o esquema na infância. No caso desse paciente infectado, é provável que seu esquema vacinal não esteja completo ou que as doses de reforço tenham sido administradas fora do prazo. O Ministério da Saúde preconiza uma cobertura de 95% da vacina pentavalente em Goiás, que protege contra tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenza tipo b. No entanto, em 2022, a cobertura registrada foi de apenas 74,4%.
O Dr. João Alves de Araújo Filho, médico infectologista da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da SES, ressalta a importância da vacina. Ele explica que ter um esquema vacinal incompleto significa, na prática, não estar vacinado. Se uma vacina estiver desatualizada e ocorrer um acidente, há risco de contrair tétano. O Dr. João Alves de Araújo Filho enfatiza que o tétano é uma doença grave, com uma taxa de letalidade de 30%, mas pode ser prevenida por meio da vacinação em todas as faixas etárias.
O tétano acidental é uma infecção causada pela bactéria Clostridium tetani, encontrada na natureza, e não é contagiosa. Seus sinais e sintomas incluem contraturas musculares, rigidez nos membros (braços e pernas), rigidez abdominal, dificuldade para abrir a boca, dores nas costas e nos membros (braços e pernas). Em casos de lesões graves ou gestação, é recomendado antecipar a dose de reforço se a última dose tiver sido administrada há mais de 5 anos.
Já o tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda e grave que afeta recém-nascidos nos primeiros 28 dias de vida, mas não é contagiosa. Os primeiros sinais clínicos são dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. A doença também é causada pela bactéria Clostridium tetani. A imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação adequada da mãe. Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos, com três doses da vacina possuem, imunidade passiva e transitória até dois meses de vida.
Publicado por: Badiinho Moisés
