O Ministério da Saúde anunciou que 521 municípios brasileiros, incluindo Catalão e diversos outros em Goiás, foram escolhidos para dar início à vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Essas cidades fazem parte de um total de 37 regiões de saúde identificadas como endêmicas para a doença. (Clique aqui e veja os municípios goianos escolhidos)
A seleção das regiões levou em consideração três critérios: serem compostas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; apresentarem alta transmissão de dengue no período de 2023-2024; e terem maior prevalência do sorotipo DENV-2. De acordo com a lista divulgada, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem esses requisitos.
O Ministério da Saúde confirmou que a vacinação será direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue. Entre janeiro de 2019 e novembro de 2023, esse grupo representou 16,4 mil hospitalizações, ficando atrás apenas dos idosos, para os quais a vacina ainda não foi autorizada.
A definição do público-alvo e das regiões prioritárias para a imunização foi necessária devido à capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa, composta por cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil no último sábado, 20 de janeiro. Esse lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.
Uma segunda remessa, contendo mais de 568 mil doses, está programada para entrega em fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu a quantidade total disponível pelo fabricante para 2024, que é de 5,2 milhões de doses. A empresa responsável prevê a entrega ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, o Ministério já contratou 9 milhões de doses.
O esquema vacinal consistirá em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. Vale destacar que o Brasil é pioneiro ao oferecer essa vacina no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
Escrito e publicado por: Badiinho Moisés/Com informações da Agência Brasil