A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) do Governo de Goiás enfatiza que é crucial realizar vistorias em residências a cada sete a dez dias para identificar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. Esse intervalo é essencial, pois é o tempo necessário para que os ovos depositados pelo mosquito se desenvolvam em insetos adultos. O alerta se torna ainda mais relevante diante do aumento dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes em todo o país. Em Goiás, no ano de 2024, houve um aumento de 10% no número de casos de dengue em comparação com o ano anterior, totalizando 6.891 casos confirmados até o momento.
“Leva-se em média de sete a dez dias para que um ovo depositado pela fêmea do mosquito se transforme em um mosquito adulto. Portanto, se conseguirmos eliminar esses ovos uma vez por semana, conseguiremos impedir a reprodução de novos mosquitos”, explica Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da SES.
A destruição dos criadores é a principal estratégia de controle da dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes, como zika e chikungunya. Flúvia ressalta que o fumacê, um inseticida borrifado no ar, apenas mata os mosquitos adultos e possui eficácia limitada devido às características das residências, como muros altos e grande quantidade de árvores e plantas, que dificultam a penetração do veneno nos ambientes onde os mosquitos se encontram abrigam-se.
Em alguns casos, é aplicada uma estratégia de uso de bomba costeira, na qual agentes de saúde aplicam inseticida em áreas externas às residências. Além do engajamento da população, o Governo de Goiás implementou a iniciativa dos Gabinetes Contra a Dengue em todos os 246 municípios do estado. Esses gabinetes utilizam análises de dados para identificar os municípios prioritários que deliberam de maior apoio da SES nas áreas de vigilância, assistência ou controle do vetor.
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Escrito e publicado por: Badiinho Moisés