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Médica é indiciada por tráfico de pessoas após sequestro de bebê em hospital de Uberlândia, em Minas Gerais

Mulher suspeita de raptar bebê horas após o nascimento é presa, em Itumbiara. Foto: Victoria Ellem/TV Anhanguera

A médica Cláudia Soares, que foi responsável por transportar uma recém-nascida de um hospital em Uberlândia para Itumbiara, estava na fila para adoção e havia sido considerada psicologicamente apta, conforme informações do delegado Anderson Pelágio, que está à frente da investigação.

A defesa de Cláudia afirmou que, devido ao segredo de Justiça que envolve o processo, a única declaração possível é de que, independentemente das acusações ou de uma possível denúncia, acredita que o caso será resolvido no procedimento de avaliação de insanidade mental da acusada, atualmente em andamento.


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Falsa Gravidez

De acordo com a Polícia Civil, Cláudia premeditou o crime por vários meses. Desde maio deste ano, ela vinha afirmando a amigos e familiares que estava grávida, chegando a adquirir um enxoval para o bebê.

O delegado revelou que Cláudia obteve um documento de gravidez de maneira irregular, com a ajuda de um biomédico, baseado em um exame de farmácia. A investigação concluiu que, durante esse período, Cláudia não estava grávida.

“O biomédico, que a conhecia há anos, confirmou que Cláudia solicitou um laudo de exame de sangue após fazer um teste caseiro. Ele fez o exame com base na confiança”, explicou o delegado.


Entrada no Hospital

A polícia descobriu que Cláudia entrou no hospital onde pegou a bebê usando um nome falso e apresentando um crachá da universidade onde lecionava.

“Ela teria acesso livre apenas com o crachá, mas usou um nome fictício e se fez passar por pediatra”, detalhou o delegado.

Antes de levar a bebê, Cláudia teria visitado diversos quartos do hospital, retornando ao perceber que não havia meninas disponíveis, que era o que ela queria. Ela enganou os pais da recém-nascida, dizendo que iria administrar o leite da criança e a retirou do hospital. Em seguida, fugiu para Itumbiara, onde foi detida.

Inicialmente, Cláudia foi autuada por sequestro, pois a polícia não tinha certeza sobre a finalidade de sua ação. O delegado explicou que o sequestro foi uma etapa do crime, destinado a facilitar a adoção ilegal. No último dia 5 de agosto, Cláudia foi indiciada por tráfico de pessoas e falsidade ideológica.

Fotos divulgadas pela Polícia Civil (PC) mostram alguns dos itens – Goiás . 222222222222222222Foto: Divulgação/Polícia Civil

“Ela sequestrou a criança e a levou para Itumbiara, onde realizou o acolhimento, o que configura o crime de tráfico de pessoas. Além disso, utilizou fraude para acessar o hospital e enganar os pais. O tráfico de pessoas é um crime mais grave que abrange o sequestro, pois envolve a restrição de liberdade com uma finalidade específica”, concluiu Anderson Pelágio.

Escrito e publicado por: Badiinho Moisés 

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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