No último sábado, 17 de agosto, a Comunidade Macaúba realizou um protesto em frente ao trevo das mineradoras, levantando sua voz contra a proposta de construção de uma nova pilha de estéril, que ameaça as nascentes vitais da região, essenciais à subsistência da comunidade. O protesto reuniu um grande número de moradores e apoiadores, simbolizando a profunda indignação e o luto da comunidade e para representar a iminente perda das nascentes, foram fincadas cruzes no solo, um poderoso símbolo da resistência e do pesar local.
Diversas lideranças comunitárias fizeram questão de destacar a gravidade da situação. “Estamos aqui para dizer basta! Não podemos permitir que a CMOC continue com este projeto que comprometerá nossa água, nossa terra e nossa vida. As cruzes são o símbolo da nossa resistência e do luto que enfrentamos”, afirmou um dos participantes do ato.
Entre os moradores, uma residente emocionada afirmou: “Não vamos nos calar diante dessa injustiça. Nossa água é sagrada, e vamos defendê-la com todas as nossas forças.”
A preocupação da Comunidade Macaúba não é sem fundamento. A região já enfrenta problemas graves devido às atividades mineradoras, como a escassez de água, que está se tornando cada vez mais crítica, e a degradação da fauna e flora locais. Esses impactos estão diretamente afetando o cotidiano dos moradores e ressaltam a necessidade urgente de proteger o que resta das nascentes.
A comunidade está fazendo um apelo para que a CMOC reveja seus planos e busque alternativas que possam preservar a água e a vida local. Este protesto foi apenas o começo de uma série de ações planejadas para assegurar que suas vozes sejam ouvidas e suas nascentes protegidas.
Escrito e publicado por: Maria Eduarda Furtado – Estagiária do curso de Letras Português e Inglês da UFCAT