Escrito por: Badiinho Filho
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Nossa reportagem foi procurada por usuários do Detran de Goiás, os quais estão reclamando de não conseguirem executar os serviços. Segundo um usuário, já tem mais de mês que tenta emitir o documento do seu veículo e não consegue, necessitando viajar ele não sabe o que fazer. Outro usuário disse que adquiriu seu veículo novo em dezembro do ano passado e até hoje ele não conseguiu fazer o emplacamento, devido as falhas no sistema do DETRAN.
Problema é no sistema de informática e empresa passa por auditoria, diz reportagem do Jornal O popular
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Os sucessivos problemas no sistema de informática recém-implantado no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) provocaram a realização de auditoria para verificar a capacidade da empresa Search Informática em continuar com o serviço de transição de dados. Uma das parcelas do contrato, de R$ 1,2 milhão, foi retida. Ela só será paga após a conclusão do levantamento. Presidente do Detran-GO, João Furtado afirma que a empresa terá de explicar as falhas e provar que é capaz de continuar com o serviço.
Esse levantamento deverá ficar pronto na primeira quinzena de março. A intenção é, segundo o presidente, garantir que o processo seja concluído de maneira eficiente. A empresa Search tem contrato com o Detran-GO até 14 de abril, quando deverá receber a última parcela do pagamento pela implantação no novo sistema, que ocorreu em duas etapas, e já custou até agora ao estado, R$ 12 milhões. Furtado disse que, caso a empresa não apresente competência para conclusão do serviço, ela poderá ser acionada judicialmente.
Furtado detalha que a empresa foi escolhida após processo de licitação. Durante esse processo, ela se apresentou hábil e com experiência nesse tipo de transição em outros Estados e no Distrito Federal. O presidente acredita que várias peculiaridades influenciaram em algumas falhas como, por exemplo, o endereço. “O sistema não reconhece, de imediato, os dados de quadra e lote. Nesse caso, os servidores do Detran-GO precisaram inserir um a um manualmente, o que gerou transtorno”, explicou.
O presidente também adiantou que foi identificado que a empresa, quando contratada, era composta por sociedade, que se separou. A auditoria vai investigar se essa pode ter sido uma das causas para os problemas apresentados. O presidente faz questão de ressaltar que todo o processo de transição foi planejado e por isso tem condição de cobrar as etapas do processo.
Ele alerta, ainda, para a necessidade do recadastramento dos condutores e dos veículos de Goiás. A medida visa receber dívida de mais de R$ 200 milhões – R$ 185 de licenciamentos vencidos e R$ 15 milhões de multas não pagas. Dos 3,2 milhões de veículos cadastrados em Goiás, 630 mil estão irregulares. Isso representa 20% do total da frota. Ele anunciou, também, projeto para que as multas dos condutores sejam cadastradas pelo CPF e não, pela placa do veículo. Ainda não há data para que isso ocorra, mas certamente será após o recadastramento de dados e endereços. Com a medida, pessoas com o registro de multas ou atrasos no pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) no CPF, poderão enfrentar dificuldade em tomar posse em concursos, por exemplo.
Cobrança
Pela segunda vez desde que o Detran-GO retomou suas atividades, em 5 de janeiro deste ano, o governador Marconi Perillo convoca os diretores do órgão para cobrar soluções. Da primeira vez, a portas fechadas, no dia 19 de janeiro, ele pediu solução para o atendimento no órgão, que vinha sendo motivo de manchetes de jornais quase que, diariamente. Em recente reunião, o governador apontou o que está sendo feito para solução do problema.
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