Escrito por: Diário de Goiás
Greve: professores e guardas civis entram em confronto na Prefeitura de Goiânia (Foto: Reprodução/DG)
Servidores da Educação e a agentes da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia entraram em embate nesta quinta-feira (23), no Paço Municipal. Segundo informações, os grevistas invadiram locais restritos da Prefeitura e eram avisados pelos guardas civis, mas insistiam na entrada. Em seguida, as agressões começaram. Na foto, distribuída por Frederico Dourado, o registro dos professores sobre o confronto.
“Eles [servidores da Educação] estavam invadindo locais que não poderiam, salas onde as pessoas estavam trabalhando, salas privadas, de secretários. Aí começou os chutes e pontapés. Em resposta, a Guarda teve que agir”, explica o comandante da GCM(Guarda Civil Metropolitana), Elton Magalhães.
Ainda de acordo com o comandante, as agressões foram “recíprocas” e alguns agentes usaram spray de pimenta. Seis guardas municipais ficaram feridos e estão fazendo boletim de ocorrência no 23º Distrito Policial.
De acordo com nota divulgada pela GCM, também será apurado se houve qualquer tipo de abuso ou desvio da parta dos agentes pela Corregedoria. Elton também informa que a GCM já está tentando entrar em contato com o Comando de Greve para conversar e resolver a situação pacificamente.
“Afinal, somos todos servidores. Cada categoria luta por seus direitos, mas somos todos servidores municipais”, diz.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA GCM
O comando da Guarda Civil Metropolitana (GCM) informa que, na manhã desta quinta-feira, os manifestantes que estavam no Paço Municipal tentaram invadir a Secretaria de Finanças, porém o grupo foi contido pelos guardas civis. A determinação era que a manifestação acontecesse na parte externa do prédio. Diante dessa iniciativa do grupo foi necessário utilizar o uso progressivo da força a fim de manter a ordem local, não podendo ser identificado as pessoas que ali estavam.
Informa ainda que lamenta o fato e que todo tipo de abuso ou desvio da parte da guarnição será devidamente apurado pela Corregedoria.
De acordo com o professor Daniel, que faz parte do Simsed e estava no momento das agressões, a categoria estava apenas fazendo uma caminhada pelos corredores do Paço após o término da assembleia geral, em que ficou decidida a manutenção da greve.
“Fizemos uma manifestação pelos corredores, com uma caminhada e gritando palavras de ordem. Em um dos corredores, a Guarda interveio de forma muito violenta. Teve spray de pimenta, cassetete, taser. Não teve nenhuma invasão, estávamos apenas nos corredores. É um órgão público”, explica.
Ainda de acordo com Daniel, cinco grevistas foram levados ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) porque ficaram muito feridos.