Escrito por: Altair Tavares/Diário de Goiás
O programa Bolsa Universitária, do Governo de Goiás, tem um custo em torno de R$10 milhões de reais por mês e está em atraso desde o mês de junho passado. Ou seja, as instituições de ensino superior, conveniadas com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), que coordena o programa, tem 4 meses de recebimentos em atraso e isso tem levado a uma séria dificuldade financeira.
Os proprietários de faculdades, consultados pelo blog, que preferem não se identificar para evitar represálias, reclamam do atraso, equivalente ao que aconteceu no governo de Alcides Rodrigues. Naquela época, as faculdades relatam atraso de 5 meses no pagamento do Bolsa Universitária aos prestados de serviço.
Nesta quinta, 12, proprietários de estabelecimentos de ensino superior de Goiânia e do interior reuniram-se na capital. Ao analisar a situação, decidiram solicitar uma audiência com a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa.
A falta do recurso do Bolsa Universitária teria levado uma faculdade de Goiânia a comunicar aos alunos que, neste semestre, terão que pagar a mensalidade integral, por causa do atraso no pagamento.
A secretária Ana Carla confirmou o atraso e atribuiu o fato à crise econômica e à queda de receita. “A prioridade, hoje, é reunir os recursos para pagar a folha de outubro”, disse ela.
Por outro lado, a secretária indicou que pretende, após fechamento da folha, pagar uma parcela das atrasadas com o programa Bolsa Universitária. “75% de toda receita líquida do Estado estão comprometidos com a folha de pagamento”, relatou.
“Não tem como regularizar as parcelas”, confirmou a secretária Ana Carla, especificamente, em relação ao programa Bolsa Universitária.