Escrito por: Altair Tavares/Diário de Goiás
Fotos: Reprodução
A disputa para prefeito de Goiânia não tem favorito que desponte, hoje, como um nome que esteja amplamente identificado como provável vencedor na eleição de outubro deste ano. A ideia, expressa pelo Professor e Doutor em Comunicação, Luis Signates (Diretor da Signates Pesquisa de Opinião), em entrevista. Há eleições que tem candidatos naturais e prováveis vencedores e, outras, não. Nem Iris Rezende, nome maior do PMDB, está nesta condição.
Paira uma grande dúvida sobre o processo eleitoral, sobre as formas que as campanhas serão desenvolvidas, diante da nova legislação eleitoral que impede a doação de empresas para campanhas eleitorais. As campanhas serão “franciscanas”, avaliou o professor.
Em outra via, circula nos bastidores da política e nas estruturas partidárias, que a pré-campanha ganhou uma grande importância, ou seja, o jogo da disputa eleitoral já começou e quem joga melhor? Quem está com os atores em cena? Quem colocou o time em campo? Não há dúvida, que o ambiente de prévias colabora com a impulsão das candidaturas. Neste ambiente, PSDB saiu na frente.
No PMDB, a ausência de um candidato definido coloca o partido na contramão da nova realidade e da valorização da pré-campanha, destacada pelo professor Luis Signates. O partido erra em adiar a definição, tanto com Iris Rezende ou com outro candidato.
No cenário eleitoral da capital, peemedebistas contabilizam o fato de que Goiânia tem o histórico de votar contra o governador Marconi Perillo e seus aliados, tanto nas eleições para o Executivo estadual quanto para prefeito desde que ele foi eleito em 1998.
Os peessedebistas traçaram caminhos para enfatizar que o partido e Perillo dão prioridade para a capital com duplicação de estradas, o novo Estádio Olímpico, a estruturação dos hospitais de urgências, entre outras ações. Quando foi inaugurado, o Hospital de Urgências da região noroeste, era apontado como a mais importante obra da região. Enfim, os marconistas estão agindo.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), carrega um grave desgaste na gestão, mas também atua para angariar votos para quem apoiar. O atual gestão demonstra, a aliados, que tem confiança de que contribuirá para a eleição de um candidato a prefeito que vai defender o legado que ele vai deixar em mobilidade, sustentabilidade, reestruturação administrativa e investimentos em obras. Paulo Garcia enche o peito e diz que nenhum outro prefeito construiu 23 unidades de saúde como ele. Então, ele tem o que defender e o eleitor estaria a caminho de reconhecer os esforços da gestão.
A pré-campanha é mobilizada por Vanderlan Cardoso (PSB) que já realizou debates sobre segurança e mantém uma agenda de reuniões, contatos e estudos sobre o projeto que será apresentado para a campanha eleitoral. No entanto, ainda falta-lhe a concretização de uma ampla aliança que realmente dê forças para amplificar a campanha.
Na visão do professor Signates, a candidatura do delegado Waldir Soares (A caminho de uma desfiliação do PSDB) é útil para a oposição, pois é ele quem mais tira votos de Iris Rezende na região noroeste da capital. Sem uma candidatura segura, os oposicionistas podem torcer que ele consiga a intenção de mudar de partido e confirmar a candidatura.
As ações políticas voltadas para a campanha para prefeito de Goiânia estão em curso enquanto uns vão mais rápido, e outros, vagarosamente. Os passos da pré-campanha ainda não foram apreendidos dentro das novas regras eleitorais para algumas candidaturas. Mas, o principal personagem é o eleitor, como sempre. Este, muito mal humorado com os assuntos da política. Sem dúvida, uma eleição desafiadora.