Escrito por: Badiinho Filho
Foto: Reprodução
O deputado estadual e prefeito eleito Adib Elias (PMDB), em seu primeiro pronunciamento na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) após o processo eleitoral, usou a tribuna na última terça-feira, 11, não para comemorar a sua vitória, mas sim para criticar e lamentar a onda de assassinatos que está acontecendo na cidade de Catalão. Para Adib, a onda de violência em Goiás se dá pela falta de contingente policial, sendo apenas 11 mil policiais, quando deveria ter 23, 24 mil policiais militares nas ruas.
Leiam abaixo o pronunciamento do deputado Adib Elias (PMDB);
“Eu poderia estar subindo nessa tribuna para falar exatamente sobre o processo eleitoral, mais sempre respeitei aqueles que colocam o nome na disputa eleitoral”.
“Eu quero muito mais que falar na eleição deputado Valcenor, de Catalão, eu quero falar na tristeza, na melancolia que abate sobre a minha pessoa nesse momento, de estar chegando perto da minha saída desse poder que eu respeito profundamente, acho, que o poder legislativo deputado Tales, é o poder mais representativo da população, e essa casa nesses dois anos, representou muito bem, o debate, através do debate, através da discussão, representou muito bem o povo de Goiás”. “E eu quero aqui deputado Zé Vitti, deputado Tales, mais do que sofrer com a saída do poder legislativo, é estar sofrendo nesse momento, quando eu recebo a informação que o 36º assassinato aconteceu na cidade de Catalão nos últimos cinco meses e meio”.
“Eu tenho falado isso aqui, desde quando aconteceu o 21º assassinato na cidade de Catalão, 36 assassinatos, repito em apenas cinco meses e meio naquela cidade, e eu estou vendo o poder de Goiás, o governo de Goiás como se estivesse nada acontecendo naquela cidade, alguns pedindo homologação de um concurso de agente prisional, concurso realizado e não convoca absolutamente ninguém”.
“Deputado Zé Vitti, não tem jeito de controlar os assassinatos em Goiás se não aumentar o contingente policial no estado de Goiás, de apenas 11 mil policiais, quando teríamos que ter aí 23, 24 mil policiais aqui em Goiás, e estou vendo as autoridades, olha Major Araújo, como se tivesse a ver paisagens, como se nada tivesse acontecendo, crianças de 15, 16, 17, 18 anos sendo assassinadas em Catalão, e as autoridades dizendo que aquilo é uma faxina que estão fazendo naquela cidade, olha, pai, mãe, avô, avó, chorando, sofrendo com a morte de um ente querido, e as autoridades a dizer que aquilo é uma faxina que tá fazendo na cidade de Catalão”.
“Eu entendo que essa mortalidade e que foi vítima, dada por outra situação até com o Secretário de Segurança Pública, que poderia ter acontecido o pior, eu entendo que essa discussão tem que ser rápida, ela tem que ser célere, e nós não podemos deixar que continue acontecendo o grande número de assassinato aqui em Goiânia, em Aparecida de Goiânia, no entorno de Brasília, exatamente pela falta de contingente da Polícia Militar e da Polícia Civil”.
“Portanto eu quero mais uma vez deixar aqui a minha opinião, a minha preocupação em relação ao número exagerado, quase que uma guerra, muito mais do que uma guerra civil o número de assassinatos que estão acontecendo em Goiás, eu quero deixar relatado o meu posicionamento favorável, de que haja um grande debate e uma grande discussão para paralisar a situação criminal do estado de Goiás”.