Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Reprodução
Os professores da rede estadual de ensino de Goiás estão em greve desde o dia 15 de março, em decisão tomada em uma assembleia estadual, realizada em Goiânia. Na cidade de Catalão das 17 escolas estaduais, sete já aderiram à greve, com paralisação total de suas atividades. Os Colégio Dona Iaya, Centro de Ensino de Jovens e Adultos (Ceja), Colégio Estadual João Neto, Abraão André e Instituto Maria das Dores, estão com as portas fechadas.
“As adesões em Catalão foram aos poucos, começando no dia 16 com a inclusão do Colégio Dona Iaya, na semana seguinte o Ceja e depois entraram a duas semanas as outras escolas”, disse um dos integrantes e organizadores da greve em Catalão, o professor Edimilson Mascote.
“Na próxima segunda-feira, 17 de abri, teremos uma nova assembleia às 7h30 na praça da Velha Matriz, de onde sairemos para visitar algumas escolas”, concluiu o professor Mascote.
Conheçam as pautas de reivindicações dos professores estaduais de Goiás:
– retirada da pauta da Reforma da Previdência da pauta de votação no congresso;
– retirada da pauta de votação na Alego a PEC 3548 (PEC da Maldade) do governo Marconi
– pagamento do piso salarial;
– data base dos servidores administrativos;
– reajuste salarial dos temporários;
– o fim do atraso do pagamento do vale transporte;
– realização de concursos na área da educação
ARTIGO DO PROFESSOR ADIMILSON MASCOTE
VOCÊ SABE POR QUE ESTAMOS EM GREVE?
Você concorda com um projeto do governo que tem demissões no seu trabalho?
Você concorda com um projeto de governo que congela seu salário por doze anos?
Você concorda com um projeto de governo que aumenta o desconto do imposto de renda?
Você concorda com um projeto de governo que acaba com o ensino público e gratuito?
Então veja os abusos que a PEC do Governador Marconi Perillo impõe:
1) Congelamento dos salários dos servidores por 10 anos, sendo que a mais de 2 anos não tivemos nenhuma reposição salarial;
2) Aumento da contribuição previdenciária do servidor público estadual de 13,25 para 14,25%;
3) Proibição para novos Programas de Regularização Fiscal por 10 anos a contar de 1º de janeiro de 2017;
4) Proibição de concursos públicos;
5) Perdas de direitos adquiridos como gratificações por titularidade, quinquênios, etc.;
6) Desvantagem em não equiparar os salários de professores em regime de contrato com os professores efetivos;
7) Privatização do ensino por meio da terceirização gradativa, ou seja, as OSs;
8) O regime estabelecido pela proposta da PEC acima vigorará por 10 anos e;
9) Reposição salarial dos administrativos e Plano de Carreira.