Em reunião na sala de professores do Colégio Dona Iayá, o grupo de profissionais da escola foi até a sede do Ministério Público da cidade de Catalão, para ser discutido e dialogado sobre o fato da agressão proferida pela mãe de uma aluna na noite da última segunda-feira (04) contra uma coordenadora do curso técnico MEDIOTEC financiado pelo PRONATEC.
Os professores consideraram e classificaram a situação como um fato gravíssimo e solicitaram da Promotoria de Catalão providências relativas ao caso.
Dezenas de professores participaram da reunião que aconteceu na manhã da última quarta-feira (06), no MP de Catalão, onde foram recebidos pelo Promotor de Justiça, Dr. Fábio Santesso Bonnas.
Como é feriado nacional nesta quinta-feira (07), nossa redação estará procurando na próxima segunda-feira (11), tanto o Promotor de Justiça, Dr. Fábio Bonnas, quanto também o professor que liderou e organizou a reunião, Admilson Marinho de Lima, que em nota contestou a produtividade da reunião com a Promotoria.
Companheiras e companheiros de trabalho!
Registro aqui algumas reflexões após a reunião com o MP!
A decisão do MP:
1 – Fomos esclarecidos que a decisão da Promotoria é acompanhar o desenrolar de um possível processo crime da vítima contra a agressora, pois a violência foi praticada pela mãe e não pela adolescente.
2 – Se a adolescente não praticou, não pode ser punida, de nenhuma maneira…
3 – O processo pedagógico da escola não é responsabilidade do MP, portanto qualquer decisão sobre o caso deve ser tomada pela escola.
4 – Violência na escola ocorre em todos os lugares ligo, não é função do MP interferir na escola, a não ser que seja grave…
Ocorreram mais abordagens, porém resumi nesses 4 pontos!
Estou triste e indignado, não pelos esclarecimentos, que foram importantes, mas pela forma desrespeitosa que o promotor Fábio nos tratou! Com uma postura arrogante, em momentos reveladores de cinismo, e com descaso assustador pelo nosso trabalho!
Minhas Segundas Reflexões:
1 – Ocorreu um fato de enorme gravidade, um profissional da educação ser agredido em seu ambiente de trabalho, pela mãe de uma aluna e na presença da mesma! Algo que nos traz muita indignação…
Porém, é necessário ponderar que envolve a vida de uma adolescente, que no julgamento da maioria de nós, é uma boa aluna! A mãe, poderá ser punida, se assim a justiça entender e nossa aluna, devemos punir? Transferi lá para outra escola não é um ato de punição e estaríamos sendo violentos e injustos? Ela fez algo que justifique ser punida?
2 – Como estão os pensamentos de nossa aluna? Como ela avaliou o fato ocorrido?
3 – Que outra forma podemos transformar algo tão negativo em uma maneira positiva de combate à violência?
4 – Será importante envolvermos a sociedade no debate sobre a violência e realizarmos atos que tornem público nossa indignação e nossa luta por uma educação de respeito e solidariedade?
Não tenho todas as respostas, continuo reflexivo, mas penso que não devemos nos silenciar ou nos omitir diante dessa realidade!
Assina o texto foi escrito pelo professor Admilson Marinho e foi endereçado aos professores do Colégio onde a coordenadora foi agredida.
Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Reprodução