O irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o advogado Antônio Ricardo Campos, foi ontem, segunda-feira (2) à Polícia Federal de Santos, em São Paulo, para pedir uma nova investigação sobre a queda do avião que vitimou o político. A família acredita na hipótese de sabotagem, baseando-se em novo laudo que teria sido realizado por peritos particulares. As informações são de O Globo.
Campos disse que um um fato “grave e relevante na investigação da causa do acidente” foi encontrado em novos estudos pode “mudar o curso da investigação”. Ele pede “rigorosa apuração no presente inquérito, com a devida responsabilização”. De acordo com ele, o sensor teria sido desligado, o que poderia ter sido a causa principal do acidente.
“O Speed Sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso”, informa o requerimento.
O laudo feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) declarou que houve falha humana, resposta contestada pela família. Segundo eles, a versão é inconsistente, apresentando equívocos em relação ao Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (Ricea).
Na terça-feira (2), o advogado pretende notificar também o Ministério Público Federal em Santos, o Ministro da Justiça e a Procuradora-Geral de Justiça sobre a nova descoberta.
Acidente
O acidente ocorreu na manhã de 13 de agosto de 2014, quando a aeronave Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Por volta de 10h, o avião caiu em Santos, no bairro Boqueirão.
Além de Eduardo Campos, que estava em terceiro lugar na corrida presidencial pelo PSB, morreram quatro assessores dele, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.
Escrito por: Redação/Fonte Jornal O Popular
Foto: Reprodução/Globo