Matéria do Jornal Hoje, da emissora Rede Globo, na edição desta quarta-feira (09), afirmou que a concessionária MGO Rodovias, responsável pela administração da BR 050 nos Estados de Minas Gerais e Goiás, poderá perder a concessão da rodovia, após o Ministério Público Federal (MPF) abrir inquérito investigativo contra a empresa, que apura a morte de três pessoas de uma mesma família, ocorrido no mês passado, em um acidente que aconteceu no trecho da BR 050 entre as cidades mineiras de Araguari e Uberlândia.
No acidente morreram o casal Alessandro Monare, de 37 anos, Belkis da Silva Miguel Monare, 35, e o filho mais velho do casal, Samuel da Silva Miguel Monare, de 8 anos de idade. Eles se envolveram no acidente quando retornavam de um passeio feito na turística de Rio Quente-GO para a sua cidade de origem, Campinas-SP.
O acidente aconteceu na manhã de um domingo, 07 de outubro, porém, o filho mais novo do casal, único sobrevivente, conseguiu pedir ajuda na rodovia somente na terça-feira (09/10).
A reportagem do Jornal Hoje desta sexta-feira (09/11), também revelou que uma motorista foi indiciada por homicídio, a qual teria sido a causadora do acidente. Leia a notícia abaixo:
Polícia indicia por homicídio motorista que causou acidente em outubro em MG
A Polícia indiciou por homicídio, uma motorista que causou um acidente no mês passado em Araguari-MG, três pessoas de uma mesma família morreram.
O inquérito, de acordo com o delegado responsável pelo caso, comprova que o carro conduzido por Sthefania Andrade Rezende, de 21 anos de idade, provocou o acidente que matou Alessandro Monari, 37 anos, Belkis Monari, 35 anos e Samuel Monari, de 08 anos. A família voltava de Rio Quente em Goiás para Campinas, interior de São Paulo, no dia 07 de outubro, e os corpos deles só foram encontrados dois depois, quando um caminhoneiro viu Benjamin Monari, de 06 anos, que também é filho do casal, as margens da BR 050, em Araguari.
Segundo a polícia, a motorista e duas amigas passaram a noite em uma festa em Uberlândia-MG. Já na manhã de domingo (07/10), a Sthefania deu carona para as amigas até Araguari, que a cerca de 30 quilômetros de Uberlândia, e a chegar na cidade elas resolveram voltar para Uberlândia, e atingiram o veículo da família. O carro que Sthefania dirigia é do pai do namorado dela.
“O veículo conduzido por Sthefania começou a ter uma condução irregular, a condutora Sthefania veio novamente invadir a pista da esquerda, porém nesse instante havia o veículo da família, onde houve essa colisão”, disse o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Luís Florindo. De acordo com o delegado, as jovens e o namorado da motorista confirmaram que elas consumiram bebidas alcoólicas. Sthefania não tem habilitação e foi indiciada por três homicídios qualificados, porque as vítimas não tiveram chances de defesa, e por uma tentativa de homicídio, do Benjamim Monari.
Concessionária também foi investigada pela polícia
No dia do acidente uma testemunha avisou um funcionário da concessionária que viu os dois carros envolvidos no acidente, mas apenas Sthefania e as amigas foram socorridas. Mesmo com as marcas na pista, em uma foto (exibida na reportagem), mostra que os carros ficaram na mesma direção, em lados opostos.
O Mistério Público Federal (MPF) abriu um inquérito e disse que vai pedir a cassação da concessão da concessionária MGO, porque ela não estaria cumprindo com as medidas de seguranças necessárias na rodovia. “Naquele local deveria ter uma defensa metálica e não tinha, e o resultado do acidente poderia ser outro”, disse o Procurador da República, Cléber Eustáquio.
Pelo laudo médico legista, o filho de 08 anos sofreu uma lesão na coluna cervical e morreu na hora do acidente, o pai com politraumatismo morreu no início da tarde de domingo (07/10). Já a mãe, também com politraumatismo, pode ter ficado viva até o início da tarde de segunda-feira (09/10).
Depois do acidente, Benjamin está morando com os avós maternos, em Campinas-SP.
A MGO Rodovias disse para a produção do telejornal da Rede Globo, que não se pronunciaria sobre o assunto, e disse que se coloca a disposição do Ministério Público Federal (MPF) para esclarecimentos.
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Escrito por: Badiinho Filho/Com informações Jornal Hoje – Rede Globo