Os dez leitos de Unidade de Terapia Intensivas (UTI) estão em dois hospitais particulares de Catalão, sendo cinco no Hospital Nasr Faiad e outros cinco no São Nicolau. Desde outubro de 2017, esses hospitais deixaram de receber do Estado, uma complementação de R$ 345 reais por leito, e a outra parcela vem do Sistema Único de Saúde (SUS), de R$ 430 reais, que está sendo paga normalmente por meio do município.
Sem o repasse mensal há cerca de um ano e meio, os donos dos hospitais procuraram o Ministério Público, para receberem uma dívida que acumula perto de R$ 1,5 milhão.
“Todo mês você têm que pagar plantão médico, material, medicamento, e realmente esse atraso é inconcebível. Já são 16 meses, e realmente não tem como mais continuar”, disse Wiliam André Safatle, proprietário do Hospital São Nicolau.
Uma ação foi movida pelo Promotor de Justiça, Cláudio Braga Lima, ainda em dezembro do ano passado, e acatada em fevereiro deste ano pela Justiça.
“Nós entendemos a situação de penúria econômica do Estado, a mudança de governo e tudo mais, mas é preciso pelo menos a sinalização do pagamento dessas verbas. Uma forma, um planejamento, um cronograma de pagamento, para dar uma segurança jurídica para a continuação desses serviços”, disse o Promotor Cláudio Braga Lima.
A insatisfação com os atrasos nos repasses foi tamanha, que mesmo se o Estado pagar as parcelas em atraso, o dono do Hospital São Nicolau, disse que irá reduzir o número de leitos do SUS. “A ideia é baixar de cinco para três leitos, e essa situação irá ocorrer realmente.
A Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás, disse que a Procuradoria Geral do Estado (PGE), ainda não havia tomado conhecimento dessa liminar.
Escrito por: Redação/Reportagem da TV Anhanguera de Catalão