Quem antes dizia que os partidos MDB e PSDB em Goiás nunca se misturariam, enganou-se, é que a declaração do ex-prefeito de Catalão, Jardel Sebba, tido em Goiás como um tucano de alta plumagem, está contradizendo este pensamento, pois durante uma entrevista concedida para a emissora de rádio Difusora AM, de Goiânia, Sebba defende essa união dos partidos rivais históricos em nosso Estado.
A justificativa de Jardel, é a de unificar a oposição contra o governo Caiado.
Essa não é a primeira vez que Jardel Sebba (PSDB) trabalha para unir as duas siglas rivais no Estado de Goiás. Para quem é atuante nas eleições, muita gente ligada as duas legendas na região sudeste de Goiás, deve se lembrar que no ano de 2012, Jardel Sebba, discretamente trabalhou nos bastidores para que PSDB e PMDB caminhassem juntos na cidade de Ouvidor, ou seja, atuou contra um próprio companheiro de seu partido, ex-prefeito da cidade do minério, o fisioterapeuta e professor universitário, Diorivan Pereira Rosa, que na época era filiado ao PP, mas fazia parte do grupo tucano. Com a divisão do grupo em Ouvidor, Diorivan não conseguiu se reeleger e Jardel Sebba sentiu o reflexo disso nas duas últimas eleições estaduais, vendo os votos de seus candidatos despencarem significativamente no município de Ouvidor, pois quem ele contribuiu para o êxito lá atrás, não quis descumprir seu dever com sua legenda.
A sugestão do ex-prefeito de Catalão, é uma carona que ele está pegando no racha entre os MDbistas, Adib Elias, o qual Sebba perdeu duas e ganhou uma no mano a mano em disputas pela Prefeitura de Catalão, o presidente do partido em Goiás, ex-deputado federal e segundo colocado nas eleições de 2018 para o Governo, Daniel Vilela, após o prefeito de Catalão, Adib Elias, que mesmo sem se desfiliar do MDB, optou em apoiar a candidatura do atual Governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
A união entre MDB e PSDB em Goiás claro que é possível de acontecer, pois na política não existe a palavra IMPOSSÍVEL, pois na briga pelo poder, são capazes de rasgar histórias e legados, porém, não são capazes de deletar a memória dos eleitores.
Escrito por: Badiinho Filho
