Titular da Delegacia da Mulher (DEAM), Paula Meotti concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (29), para informar detalhes sobre o caso da estudante de Arquitetura que foi estuprada enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Goiânia. Segundo a delegada, as cenas analisadas das câmeras de segurança são muito claras. O suspeito, diz a investigadora, fechou a cortina do leito da vítima e praticou os atos libidinosos com a mão direita.
A agressão ocorreu no dia 16 de maio, no dia que a jovem foi internada com crises convulsivas. Ainda de acordo com a delegada, a jovem teria se debatido e tentado se desvencilhar da agressão. No dia seguinte, ela chamou a enfermeira e contou o fato. Segundo o relato, a jovem chorava e chamava pelo pai. O advogado que acompanha o suspeito, um técnico de enfermagem de 41 anos, disse que vai aguardar as imagens para definir as ações da defesa.
O suspeito não tem antecedentes criminais, é casado e pai de duas crianças. Por ter praticado ato libidinoso com alguém que não pode oferecer resistência está sendo indiciado por estupro de vulnerável. A pena para este tipo de crime varia de 8 a 15 anos de prisão. A vítima era filha única. A delegada acredita que a agressão piorou o quadro dela.
MORTE
Por meio de nota, emitida nesta quarta-feira (29), a empresa Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), responsável pela gestão da UTI do Hospital Goiânia Leste, onde a paciente de 21 anos foi estuprada, diz que a violência sexual sofrida pela estudante de Arquitetura não foi a causa da morte, ocorrida no domingo (26). As causas do óbito ainda não foram divulgadas.
“A causa da morte da paciente, em 26 de maio de 2019, não possui qualquer relação com os tristes fatos ocorridos. A empresa está à disposição das autoridades para fornecer qualquer informação adicional que possa ajudar na investigação da denúncia”, diz nota.
Segundo o posicionamento oficial, os responsáveis pela UTI receberam a denúncia de abuso sexual no dia 17 de maio, ou seja, nove dias antes da morte, por meio de uma das técnicas de enfermagem da equipe. “No mesmo momento, a direção tomou as primeiras medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o ocorrido. O técnico de enfermagem acusado pela paciente foi imediatamente suspenso e afastado da sua função”, diz.
Ainda de acordo com a nota da OGTI, os responsáveis pela UTI registram um boletim de ocorrência no dia 21 de maio, mesmo dia em que o funcionário suspeito foi demitido por justa causa. A jovem fazia tratamento de crises convulsivas.
Escrito por: Redação/Jornal O Popular