O empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi, foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na última terça-feira (3/12), que investiga um esquema de pagamentos de propina de frigorífico a servidores do Ministério da Agricultura. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiás nos endereços de Júnior Friboi e da empresa JBJ.
Júnior Friboi comandou no passado a empresa JBS, do grupo empresarial J&F, do qual se afastou em 2013. Depois de ter tentado ingressar na carreira política, ele passou a se dedicar à sua própria empresa de carnes, a JBJ Agropecuária.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão contra suspeitos de envolvidos no esquema de corrupção. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a investigação, que corre sob sigilo.
Importante salientar que a operação deflagrada ontem pela PF não tem relação com o grupo J&F ou com a JBS, cujos executivos assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em 2017, pendente de julgamento de um pedido de rescisão no Supremo Tribunal Federal.
A defesa de Junior Friboi negou irregularidades e afirmou que “a empresa não tem qualquer ligação com os fatos narrados”.
NO ANO PASSADO, PROCESSO POR FORMAÇÃO DE CARTEL CONTRA JÚNIOR FRIBOI FOI ARQUIVADO
Em junho do ano passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivou, por falta de provas, o processo responsável por investigar Júnior Friboi e o Frigorífico Independência por suposta formação de cartel. Irmão de Joesley e Wesley Batista e um dos fundadores da JBS , o empresário estava sob investigação há 11 anos nesse processo.
Em setembro de 2017, a superintendência-geral do Cade havia expedido uma recomendação para a condenação de Júnior Batista e do frigorífico. O entendimento não foi acompanhado pelo tribunal do conselho, que é quem dá a palavra final.
Escrito por: Redação/Dia Online