O governador Ronaldo Caiado disse nesta sexta-feira, dia 17, em live para os veículos de comunicação da Agência Brasil Central (ABC), que a medição do número de infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) em Goiás será diária e que ele não terá problema em recuar e decretar, dependendo da situação, uma quarentena mais rígida.
Os detalhes do novo decreto serão conhecidos na segunda-feira, dia 20, às 10 horas, quando dará entrevista coletiva, explicando a situação. Um deles, no entanto, já foi adiantado, observando que será obrigatório o uso de máscara para todas as pessoas que saírem às ruas.
“Na segunda, farei coletiva mostrando a realidade, com dados criteriosos de cada região e município com incidência e apresentaremos o decreto que vai definir as regras para os próximos 15 dias. A responsabilidade nossa é enorme. Neste um mês que seguramos com o contingenciamento, conseguimos estruturar uma parte de nossa rede hospitalar. Progredimos, mas ainda falta muito”, observou.
O governador acrescentou que, a qualquer momento, pode tomar as providências necessárias para evitar a proliferação da doença em Goiás. “Caso tenhamos um avanço nessa progressão, que saia daquilo que é a capacidade do Estado resolver, retornaremos ao contingenciamento completo”, ressaltou.
IOLAMENTO SOCIAL
Segundo Caiado, Goiás já esteve melhor no isolamento social, atingindo 66,4%, mas hoje esse número está em 51%, quase chegando ao nível crítico, que é abaixo de 50%. Fez um relato da situação da pandemia em Goiás, que hoje tem 335 casos confirmados, 5.207 suspeitos e mais de 1.600 em análise, observando que a condição não está pior, porque ele tomou rapidamente a providência de decretar o isolamento social no Estado.
Disse ainda que técnicos e cientistas goianos estão estudando e fazendo os levantamentos corretos sobre a incidência, onde ocorre e o que está contribuindo para isso. Afirmou que trata a todo momento desse assunto, estudando e ponderando, para estipular as regras e liberar ou negar alguns pontos no novo decreto.
SUPERMERCADOS
Caiado queixou-se de que alguns supermercados não estão colaborando, pois não controlam o fluxo das pessoas dentro de suas dependências, observando que é um caso que deseduca e estimula o descumprimento das normas técnicas de controle da proliferação da Covid-19.
“Esperávamos que os supermercados tivessem uma postura diferente. As pessoas estão indo passear nos supermercados e isso não deve acontecer. As feiras se adaptaram rapidamente, cumprindo as regras”.
Por isso, informou, está procurando uma redação adequada para avançar um passo agora, e que este será um período para ir medindo. “Não podemos dar um passo maior do que as nossas pernas. Precisamos dar um passo em que a gente suporta o atendimento das pessoas nos hospitais públicos, sentenciou.
Escrito por: Redação/ABC Digital