A lei digital brasileira não prevê o uso do sistema para essa finalidade e que a prática expõe os dados pessoais dos usuários do sistema e facilita golpes
Há alguns dias, surgiu nas redes sociais o caso de uma mulher que, ao tentar se reconciliar com ex-namorado e ser bloqueada por ele em todos os meios de contatos, passou a fazer pequenos depósitos por meio do PIX na tentativa de reatar o relacionamento. Com ele surgiu uma nova e perigosa “brincadeira”.
Intitulada de “Pixtinder”, a prática consiste em paquerar através do novo sistema de pagamentos e transferências instantâneos. Como o PIX permite enviar uma mensagem de texto com a justificativa da transação, as pessoas estão usando o espaço para mandar uma declaração ou a indireta para o “crush”.
Em poucos dias, a “brincadeira” se tornou um viral nas redes sociais e já preocupa especialistas. Pensando nisso, o Procon Goiás orienta aos consumidores que a lei digital brasileira não prevê o uso do sistema para essa finalidade e que a prática expõe os dados pessoais dos usuários do sistema e facilita golpes.
Por mais práticas que as transações tenham se tornado, esta instantaneidade do processo fez com que o rastreamento do dinheiro transferido seja mais difícil.
Vale frisar que o Banco Central tem a responsabilidade de cuidar do sigilo e da privacidade dos dados dos usuários da ferramenta, mas quando a pessoa divulga essas informações voluntariamente, a financeira pode não ser responsabilizada.
Portanto, é preciso ter cuidado e atenção redobrados. Caso o consumidor tenha compartilhado a sua chave PIX para essa finalidade, ele deve apagar esses registros e acompanhar as suas movimentações bancárias pelos próximos meses.
Escrito por: Redação/Procon Goiás