O Jornal O Popular de Goiânia, durante todo o último final de semana, publicou uma série de reportagens dando destaque a situação crítica em quem se encontra Catalão com relação a Covid-19.
Na primeira matéria publicado às 22h da última sexta-feira (12), destacou-se que das dez cidades em Goiás em que foi registrada a disparada de mortes pela doença, Catalão foi a considerada a situação mais crítica, tendo registrado somente nos três primeiros meses de 2021, um total de 108 mortes (número últrapassado nesse final de semana), o equivalente a 56% do total de óbitos ocorrido no município desde o início da pandemia.
Além do avanço da doença, uma preocupação maior ronda a cidade, que é a confirmação da variante de Manaus, confirmada na semana passada.
CATALÃO CONFIRMA VARIANTE DE MANAUS
Catalão confirmou na semana passada que uma das variantes do coronavírus (Sars-Cov-2) circula no município. Um morador, que não tem histórico de viagem recente, foi diagnosticado com a P1, variante que surgiu em Manaus. Velomar Rios, diz que isso significa que o vírus já deve apresentar transmissão comunitária. Ele afirmou que se preocupa, já que os casos registrados na cidade nos últimos dias estão mais graves e acometendo pessoas mais jovens.
O Secretário de Saúde, Velomar Rios, detalhou ao jornal da capital goiana, que o paciente acima citado se recuperou bem, em casa, sem a necessidade de internação. Mas ele reforçou que apenas neste ano 110 pessoas morreram vítimas da Covid-19 em Catalão. Em todo ano de 2020, 89 mortes foram registradas. Ele ainda destacou que os que chegam às unidades de saúde estão mais graves. “O problema é o agravamento. Não sabemos se a pessoa fica em casa e espera procurar atendimento e já chega grave ou se a doença tem se agravado mais rapidamente”.
Velomar Rios reforça que o perfil dos acometidos pela Covid-19 com variação mais aguda mudou. Antes os casos graves e mortes eram majoritariamente em pessoas com mais de 65 anos. Agora, os casos graves e mortes vem aumentando entre as pessoas com menos de 75 anos, com destaque entre as pessoas com menos de 50 anos. Ele relatou casos recentes de pessoas que chegam ao atendimento de urgência e não resistem por muito tempo, muitos nem chegam a ser atendidos.
Velomar Rios diz que desde o início da pandemia a cidade mantém sua estrutura de atendimento montada, com apoio de dois hospitais particulares, uma instituição filantrópica (Santa Casa), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e mais um Hospital de Campanha, montado e mantido pelo município. De acordo com Velomar, o município possui 44 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os quais, todos estão ocupados. Rios também destacou que, por ser uma cidade referência no atendimento na região acaba recebendo pessoas de outras cidades. Até sábado (13), data da reportagem, dos 44 leitos, 21 estavam ocupados por pacientes das cidades vizinhas.
Escrito por: Badiinho Filho/Com informações de reportagens do Jornal O Popular
