A pessoa que recebeu a mensagem pelo Whatsapp do chacareiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos de idade, dizendo que Lázaro Barbosa estava escondido em sua chácara no cômodo onde ficava a mãe do fugitivo quando ela trabalhava lá, em Cocalzinho de Goiás, disse em depoimento à polícia no dia 8 de julho que interpretou a afirmação de Evangelista como uma piada e não levou a sério.
O chacareiro ficou detido na cadeia de Águas Lindas de Goiás por 23 dias depois que a polícia encontrou Lázaro em sua propriedade, no dia 24 de junho. Na ocasião, o criminoso conseguiu escapar novamente do cerco policial, mas os agentes acabaram prendendo Evangelista e o caseiro dele, Alain Reis de Santana, que foi solto no dia seguinte e considerado uma vítima de Lázaro.
A testemunha – um desempregado de 43 anos – disse que conhecia Evangelista do tempo em que este era cliente seu desde 2013 em uma loja e que o áudio que foi divulgado pela mídia local e nacional foi o primeiro recebido referente a Lázaro e que acreditava se tratar de uma brincadeira, tanto que respondeu com uma abreviação usada para sinalizar risada no aplicativo.
O homem também disse que, durante o tem em que Lázaro fugiu da polícia, viu Evangelista apenas uma vez, justamente no dia da detenção do chacareiro, minutos antes dele ser preso, em uma oficina e que nunca teve nenhum tipo de contato com o fugitivo, parentes deste ou com caseiro.
O depoimento desta testemunha consta no inquérito que apurou uma tripla tentativa de latrocínio tentado e de homicídio tentado cometido por Lázaro no dia 12 de junho. As investigações começaram com a polícia de Águas Lindas, mas foi encaminhada para a delegada Rafaela Azzi, adjunta da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), que apura suposta rede de apoio de Lázaro, formada por fazendeiros e empresários da região.
Até o momento, apenas Evangelista e um casal envolvido com o tráfico de drogas foram presos acusados de apoiar Lázaro. O nome do casal não foi divulgado pela Polícia Civil.
Evangelista ficou detido sob o argumento de garantia de ordem pública e porte ilegal de armas modificadas, porém com a morte de Lázaro no dia 28 de junho e com a conclusão da Polícia Técnico Científica de que duas armas não tinham nenhuma condição de uso por causa da péssima conservação, ele foi solto no dia 16 de julho.
Publicado por: Badiinho Filho/Com informações do O Popular.