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 “SONHO VIROU PESADELO”: CATALANOS RECLAMAM DO AUMENTO DE TAXA DO CASA VERDE E AMARELA

Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução

Moradores de Catalão estão reclamando do aumento no valor para continuar o financiamento da casa própria por meio do programa federal “Casa Verde e Amarela”. De acordo com eles, a justificativa da construtora para o aumento é a chamada “taxa de evolução de obra”. Alguns beneficiários falam em cancelar o financiamento, mas não conseguem devido à burocracia.

A taxa de evolução de obra é cobrada nos contratos de financiamento de imóveis adquiridos ainda na planta. Ou seja, é um valor cobrado do comprador do imóvel enquanto ocorre a construção do empreendimento. Essa taxa é também conhecida como juros de obra, e se refere aos juros cobrados por parte da instituição financeira junto à construtora pelo financiamento da construção, e que são repassados aos mutuários.


Obras paradas

Apesar da crescente cobrança dessa taxa, na prática não está havendo nenhum avanço das obras, e isso tem tirado o sossego dessas pessoas. Os beneficiários do programa relatam que desde outubro de 2021 as construções, no Bairro Evelina Nour III, estão paradas e abandonadas, com mato alto e janelas com vidros quebrados.

Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução

Mesmo diante desse cenário, o percentual de progresso da construção das casas aparece em torno de 90% no painel de acesso num aplicativo de celular, que serve para as pessoas que ingressaram no programa acompanhem o avanço da obra.

Percentual de conclusão não condiz com a realidade, diz moradores. Foto: print/reprodução

“A gente não está dando conta. Estão cobrando, mas não tem ninguém trabalhando”, diz uma beneficiária.

O projeto habitacional prometia taxas de juros mais baixos, e ajudar brasileiros a comprar um apartamento financiado. Entretanto, para algumas famílias a situação ficou mais complicada.

“A gente não está tendo mais condições de continuar. A gente tenta entrar em contato com eles [responsáveis pela construção], eles bloqueiam, trocam de número”, diz uma beneficiária.

Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução

Andrieli Cristina Mergen é uma das pessoas que estão nesse impasse. Em entrevista ao Blog do Badiinho, ela mostrou a tabela da Caixa Econômica, que revela a planilha de gastos com a taxa. No mês de fevereiro, o valor cobrado era de R$ 307,83 e para março, R$ 327,49. Porém, segundo ela, o valor verdadeiro descontado é mais de 500 reais.

Dona de casa, Andrieli ganha um salário mínimo e, enquanto a construção do imóvel pelo programa não é concluída, ela mora de aluguel, cujo valor mensal é de mais de 650 reais. Com a taxa de avanço de obra subindo a cada mês, ela diz que a situação ficou apertada no bolso.

Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução

“Todo mundo está desesperado. Na planilha está uma coisa, para nós está vindo [descontado] outra, e não está tendo avanço de obra. Está tudo abandonado. A gente não sabe o que fazer “, diz Andrieli.

O Blog do Badiinho entrou em contato com a Construtora Marca Registrada Engenharia e C LTDA, responsável pelo seguimento da obra, mas até o fechamento dessa matéria não teve retorno.

Leia também:

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Publicado por: Badiinho Moisés

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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