Pesquisa com participação de professora da UFCAT desenvolve método diagnóstico para diferentes tipos de vírus em apenas uma amostra
Uma pesquisa que permite a detecção de ao menos 22 microrganismos causadores de síndromes gripais em um único exame, desenvolvida por meio de uma parceria entre a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), acaba de obter um financiamento de 49.500 reais, provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria Faixa A – Grupos Emergentes, destinada a trabalhos que possuam, em seus membros, ao menos três doutores. O método pesquisado utiliza uma amostra de saliva ou cotonete, como já ocorre com os testes do tipo RT-PCR, porém, com a possibilidade de detectar em uma única amostra, diferentes tipos de vírus causadores de síndromes gripais e infecções no trato respiratório.
A professora Adriana Freitas Neves, do Laboratório de Biologia Molecular (LabBioMol) da UFCAT, uma das pesquisadoras responsáveis pelo projeto, explica que a principal vantagem do método diagnóstico é oferecer à população uma metodologia eficaz e inovadora, se comparada aos métodos de detecção realizados de forma isolada. Isso ocorre por conta da possibilidade da detecção diferencial do patógeno, que por consequência impacta diretamente na vigilância epidemiológica, uma vez que possibilitará a adoção de medidas e de tratamentos mais adequados para a síndrome gripal identificada. A pesquisa será desenvolvida juntamente com a professora Vivian Alonso Goulart, do Laboratório de Nanobiotecnologia da UFU, coordenadora do projeto junto ao CNPq.
O método utilizado na pesquisa é chamado de in house. De acordo com a professora Adriana, isso implica em um trabalho que será otimizado pelos pesquisadores em todas as suas etapas, sem depender de “assays” (kits de ensaio) comercializados pelas empresas da área, o que significa independência tecnológica. Ainda de acordo com a pesquisadora, a proposta deve ser submetida primeiramente à apreciação e aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa. Após a etapa, serão otimizados e validados os testes, com o maior número de amostras reais, humanas e/ou com células em cultivo contaminadas. A pesquisa prevê ainda a participação de uma empresa de Uberlândia (MG), com interesse no produto.
Publicado por: Badiinho Moisés/Com informações da Ascom – UFCAT