O trabalhador Antônio Cardoso Brandão, de 36 anos, que morreu após um vazamento de amônia na BRF de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, fazia um serviço de manutenção em uma tubulação da indústria, segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Sebastião Gomes.
“Ele e o colega estavam instalando uma válvula numa tubulação, soldando o material. No momento, a tubulação estava bloqueada e não era a de amônia. O acidente aconteceu em outro ponto. Não foi o que eles estavam fazendo que causou o acidente”, disse o tenente.
Em nota, a BRF informou que lamenta profundamente o ocorrido, que está prestando toda a assistência aos familiares da vítima e aos colaboradores e terceiros envolvidos. Disse ainda que a companhia iniciou uma investigação interna para averiguação do fato e a consequente aplicação de medidas cabíveis.
“No momento do vazamento, a unidade não estava em operação. Os colaboradores e terceiros envolvidos realizavam serviços de manutenção regular. De acordo com o protocolo interno da Companhia, o local foi evacuado e isolado imediatamente. Após vistoria, a área atingida foi liberada e as atividades na fábrica foram retomadas ainda na noite de domingo (18)”, descreve a nota.
VAZAMENTO
O vazamento aconteceu na tarde de domingo (18), e o Corpo de Bombeiros foi chamado para o socorro aos funcionários. O tenente Sebastião disse que as equipes encontraram uma “grande nuvem” de amônia.
Além da morte de Antônio, o colega dele, Manoel Paulino Amorim, de 46 anos, teve múltiplas queimaduras e foi encaminhado para o Hospital do Câncer de Rio Verde. Segundo a unidade de saúde, ele está intubado e tem o estado geral grave. Outras 10 pessoas foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, medicadas e liberadas.
“Infelizmente, dois deles realizavam um trabalho em altura, o que provavelmente fez com que a saída deles fosse um pouco retardada, de maneira que atingiu gravemente esses dois trabalhadores. Algumas vítimas foram menos graves”, disse.
O delegado Danilo Fabiano disse que a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para investigar o caso. Ele contou que aguarda o término da perícia para dar continuidade às investigações e comprovar a real causa da morte.
Publicado por: Badiinho Moisés – Por Jamyle Amoury, g1 Goiás