A confirmação de um caso do novo coronavírus/covid-19 em Anhanguera, a menor cidade de Goiás, como pouco mais de 1 mil habitantes, teve impacto imediato entre a população local. Desde que o resultado ficou pronto, na última quarta-feira (08), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passou a distribuir luvas e máscaras para todos que chegavam na cidade pela única entrada que tem GO 305. Até então, quando o paciente ainda aguardava a resposta do teste, os visitantes tinham a temperatura medida para saber se estavam ou não com febre.
Desde que a prefeitura e o governo estadual adotaram medidas de restrição de mobilidade, os moradores de Anhanguera não tiveram muito problema para respeita-las. Mas quando um homem de 57 anos residente da cidade voltou da casa da mãe, em Araguari-MG, a 70 km dali, com os sintomas do coronavírus, o impacto foi perceptível.
“Sempre tinha gente que ficava sentada na calçada, os aposentados que ficavam na praça em frente à Câmara. Aí quando veio esse caso, todo mundo aquietou, sumiu da rua mesmo”, conta uma moradora.
O morador que contraiu a doença mora com a irmã, o cunhado e dois sobrinhos em Anhanguera. Ele foi visitar a mãe, na cidade mineira que, segundo boletim do Ministério da Saúde, tinha até quarta-feira (08) dois casos confirmados. Ao voltar, no dia 26 de março, já apresentava com tosse e febre.
O homem então procurou atendimento no posto de saúde local e depois foi encaminhado para uma unidade de saúde de Catalão, a 46 km, onde foi feito o teste. Enquanto aguardava o resultado, ficou em isolamento na residência junto com os familiares.
A titular da SMS, Marta Valéria Rodrigues da Fonseca, disse que o morador passa bem e nenhum familiar apresentou algum sintoma. Um novo teste será feito na próxima segunda-feira (13) para confirmar se ele já está curado. “Foi um caso leve, ele teve só tosse, febre e uma leve dificuldade para respirar, mas bem leve”, comentou.
Desde que o novo coronavírus se tornou uma realidade em Goiás, a prefeitura local instituiu uma barreira na entrada da cidade, quem em um primeiro momento se restringia a orientar quem chegava. Depois, com o caso suspeito, os visitantes tinham a temperatura medida. Agora, ganham máscaras e luvas.
A secretaria diz que no geral os moradores respeitam as orientações, mas que o primeiro caso de covid-19 fez com que “a população seguisse ainda mais” as orientações, ficando mais em casa e evitando qualquer tipo de exposição.
Escrito por: Redação/O Popular