Após as invasões nas sedes dos Três Poderes em Brasília, na tarde deste domingo (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou um decreto para decretar intervenção federal no Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.
O objetivo da intervenção é “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública” no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos. A medida será coordenada pelo interventor Ricardo Garcia Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça.
De acordo com o decreto, o interventor fica subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção. Em pronunciamento, Lula afirmou que houve “falta de segurança” e que as pessoas autoras dos crimes serão “encontradas” e “punidas”.
“Esses vândalos, que podemos chamar de fascistas, fanáticos fizeram o que nunca foi feito na história desse país”, disse o presidente. “Não tem precedente na história do nosso país. Essa gente terá que ser punida. Vamos descobrir os financiamentos desses vândalos que foram a Brasília. Vamos descobrir todos eles e pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade”, completou.
Manifestantes que não aceitam a vitória de Lula nas eleições de 2022 furaram bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram, na tarde deste domingo (8), os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
As declarações foram dadas por Lula em visita a Araraquara, município do interior paulista que sofreu estragos após as chuvas. Em seu discurso, o presidente atribuiu ao antecessor, Jair Bolsonaro, a não aceitação do resultado eleitoral e que estimulou a invasão nos Três Poderes. “Isso é da responsabilidade dele. E isso tudo vai ser apurado com muita força e rapidez.”
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Publicado por: Badiinho Moisés/Texto: Plínio Aguiar, do R7, em Brasília