Por: Badiinho Filho
O Clube Recreativo e Atlético Catalano, o glorioso Crac, viveu um dos piores anos da última década. Jogadores com salários e premiações atrasadas, além de inúmeras dívidas trabalhistas e em alguns comércios de Catalão demonstram a crise do time.
No início do ano, o clube lutou para não ser rebaixado no campeonato estadual, fato que não acontecia há anos. Depois de ser vice-campeão da serie D do Campeonato Brasileiro em 2012 e conseguir o acesso para disputa da terceira divisão, a mais amarga de todas as desgraças sofridas no ano de 2013 foi o rebaixamento do time novamente. Em 2014, o Crac voltará a disputar a quarta divisão do Brasileirão.
O torcedor apaixonado ainda procura respostas para tentar entender o que realmente fez essa avalanche de insucesso cair sobre o estádio Genervino da Fonseca. Falta de dinheiro? Acho improvável, até porque o poder público municipal doou um valor até significativo ao clube. Além dos patrocinadores e mais os valores que o time recebeu pelas duas mudanças de fases na Copa do Brasil, o clube ainda arrecadou com ingressos e a promoção Nota Show de Bola.
Talvez a falta de compromisso de membros da diretoria tenha arrancado o desabafo do atual presidente, único membro da diretoria que permaneceu respondendo pelo clube.
Na tarde desta terça-feira,15, os jogadores estiveram no Estádio Genervino da Fonseca para receber seus salários que estavam atrasados há mais de três meses. O pagamento foi realizado em cheques pré-datados para janeiro de 2014.
O presidente Silvano do Idesc, em entrevista para uma emissora de televisão, fez um desabafo dizendo: “Até ninguém me tirar, continuo no cargo. Pelo prefeito e pelo conselho deliberativo eu continuo. Na cidade, tem um monte de gente querendo me fritar, só que esse povo não frita ninguém não, até porque eles não tem credibilidade nenhuma. Legalmente, ainda sou o presidente aqui, na Federação Goiana de Futebol e na Confederação Brasileira de Futebol. Quem quiser o meu cargo, é só ir no conselho e ser aprovado que eu entrego na hora. Me criticam aí na cidade, mas e se eu tivesse largado o clube, esses jogadores estariam acertando com quem hoje? Com o prefeito? Com o Dr. Adélio? Eu acho que tinham era que me elogiar. Eu fui o único que ficou aqui e colocou a cara a tapa para os jogadores”.