Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Blog do Badiinho
Uma assembleia festiva realizada no último domingo (05), na sede da Associação das Pessoas com Deficiência de Catalão (ASPDEC), comemorou os 13 anos da associação.
Entre altos e baixos com mais de uma década de existência em Catalão, o atual presidente da ASPDEC, Wender de Queiroz Amorim, com toda a sua dificuldade de locomoção trabalhou arduamente ao lado de sua família e voluntários para garantirem aos associados um delicioso jantar, e anunciar vários benefícios aos associados naquela noite, como convênios com farmácia e depósito de gás, que garantirá ao associado com a carteirinha, significantes descontos.
Em um bom bate-papo com a redação do Blog do Badiinho, o presidente Wender Amorim, falou dos projetos a serem tocados por ele e sua diretoria. Já a ex-presidente e fundadora e agora voluntária da ASPDEC, Núbia Rodrigues Pires, relatou a história lutas, vitórias, mas de muitas dificuldades ao longos destes 13 anos.
Nossa redação pode observar que, o que realmente falta é apoio, respaldo, tanto das grandes empresas aqui instaladas, quanto dos poderes públicos, que pouco contribuem para a sobrevivência de um órgão que cuida de um povo sofrido, pois a ASPDEC lida com todos os tipos de portadores de deficiência.
Um pouco da história da Aspedec contada por Núbia Rodrigues
“A ASPDEC foi fundada no dia 1º de março de 2004, mas antes disso antes da fundação, existia todo um movimento de pessoas, famílias de pessoas com deficiência. Na verdade eu estudei em Goiânia, sempre trabalhei com pessoas portadoras de deficiência, quando vim pra cá (Catalão), eu escutei em uma emissora de rádio, um tema que envolvia o direito as pessoas com deficiência e que não estavam sendo garantido a eles, eu fiquei sem entender, mas como assim? Foi daí que a gente começou, eu fui na rádio para questionar, e de uma hora para outra, o pessoal começou a ligar e começou a ter movimento de familiares interessadas em se criar um órgão que as representasse, foi quando a gente começou a se reunir nas casas desses familiares. Eu me lembro de alguns companheiros que já tinham algum trabalho, mas cada um no seu mundinho, ou seja, não tinham se encontrado. Depois que a gente se encontrou, recebemos o apoio do Promotor de Justiça, Dr. Rodney da Silva, que na época estava em Catalão, aí foi que iniciamos essa mobilização para ser criado todo um estatuto para regimentar a ASPDEC.
Das maiores dificuldades que tivemos, foi a questão da sede, a gente se reunia nas casas, até descobrirmos o Centro de Convivência da Terceira Idade Eurípedes Pereira, ao lado do CCPA, que estava desocupada, foi aí que tivemos a ideia de ocuparmos lá, e na verdade a gente fez uma verdadeira ocupação mesmo, de chegarmos e entrarmos e falar daqui a gente não saí mais. Com isso, foi aumentando o nosso trabalho, várias pessoas começaram a participar da associação, começamos a ter mais parcerias, mais pessoas explicando e esclarecendo com relação as leis, como o ex-vereador Antero Silva, que quando vereador, criou leis que beneficiaram e beneficiam até hoje os portadores de deficiência de nossa cidade, as portas foram se abrindo até a gente conseguir essa estruturação”.
Principais dificuldades até chegar onde está
“A maior dificuldade nossa é o incentivo do poder público, nós tínhamos que ter mais parcerias dos poderes públicos. A ASPDEC faz um excelente trabalho, voltado para as pessoas com deficiência em Catalão, como encaminhamento para passe livre, temos advogadas que dão extrusão para que a pessoas consiga os seus benefícios, então, a gente a parte de esclarecimentos, de encaminhamentos para próteses, órteses, para a rede Sarah Kubitschek em Brasília DF, fazendo-se todo um cadastramento, então, eu acho que a gente deveria ter um apoio maior do poder público, mais no sentido de nos amparar, porque a gente sabe que realizamos um trabalho interessante, lógico que a ASPDEC está voltando a ser como era, com participação ativa dos associados, porque uma associação só é forte se a gente tiver associados e a família desses associados juntos, porque se a gente for pensar que só o associado vai fazer da associação uma entidade forte, não vai”.
A atual direção do órgão revelou ao Blog que receberá R$ 2.500 por mês do município, subvenção aprovada pela Câmara de Catalão recentemente, mas que ainda não receberam ainda nenhum repasse, acreditando estar na parte burocrática. Outra ajuda que a ASPDEC recebe é pequenos repasses do Ministério Público, proveniente de penas alternativas. Outra ajuda que eles esperam ansiosos por parte do governo do estado, é conseguir o título de Utilidade Pública, para que mais parcerias sejam firmadas, pois muitas empresas, principalmente as grandes, ajudam para terem dedução no Imposto de Renda. Segundo o presidente Wender Amorim, a documentação já foi entregue ao deputado Gustavo Sebba (PSDB), representante de Catalão na Assembleia Legislativa de Goiás.
Benefícios anunciados pelo presidente Wender Amorim
“Procuramos o Ministério Público de Catalão, fizemos uma nova identificação, uma nova carteirinha, com isso estamos mostrando todo o trabalho que a ASPDEC vem desenvolvendo. Fechamos várias parcerias, com o Supermercado do Newton, Gás Chama Viva, Farmácia dos Trabalhadores, Óticas São Matheus, Auto Posto Nogueira, Supermercado Primavera II, Vita Pharma. Essas parcerias com esses estabelecimentos acima citados, garantirá descontos consideráveis ao portador de deficiência que estiver com a sua carteirinha atualizada.
Quando o trabalho é feito de uma forma transparente, séria, as pessoas estão cada vez vindo mais”, ponderou o presidente Wender Amorim ao Blog do Badiinho.
Finalizando, tanto a ex-presidente Núbia Rodrigues quanto ao atual presidente Wender Amorim, agradeceram o diretoria da ASPDEC, aos parceiros, voluntários e fizeram um chamamento para que as pessoas possam conhecer o trabalho da associação, convidou aos antigos parceiros a estarem ajudando novamente a ASPDEC.
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