No último dia 09 de dezembro, o caso da garota Iasmim Martins, na época com 8 anos de idade, encontrada morta em uma construção do bairro Jardim Paineiras após ser estuprada e assassinada com um pedaço de madeira, completou cinco anos, e até o hoje o assassino não foi identificado e preso.
Completados meia década, a tristeza maior é de um crime bárbaro e cruel contra uma criança ficar impune.
A Polícia Civil disse que o caso foi arquivado pelo Poder Judiciário em 2016, porém, quando novas denúncias surgem, são investigadas e apuradas.
Em reportagem feita pelo Blog do Badiinho no ano passado, quando o caso completou 4 anos, a delegada Alessandra Maria disse o seguinte:
“A Polícia Civil fez todas as investigações necessárias, tudo que estava ao alcance da Polícia Civil, tudo que foi ventilado aqui, todas as notícias que recebemos, apuramos todas. Fizemos as investigações normais para o caso, ou seja, tudo que estava relacionado ao crime, fizemos tudo que podia ser feito, e não foi identificada a autoria. Vários exames de DNA foram feitos, o Instituo de Criminalística trabalhou de forma bem eficiente, porque normalmente exame de DNA é uma coisa mais demorada, mas o instituto fez estes exames com mais agilidade em razão da gravidade do crime. Então, após termos feito tudo o que era possível pela Polícia Civil e não ser identificado a autoria, a providência foi encaminharmos os autos ao Poder Judiciário, que encaminhou o caso ao Ministério Público, órgão que funciona como um fiscal e também seria titular da ação penal. O MP avaliou todo o inquérito, todo o procedimento feito pela a Polícia Civil e devolveu os autos para nós, pedindo a realização de mais algumas diligências, as quais foram feitas, todas elas compridas, e não se chegando a autoria. Nós devolvemos estes autos para o Judiciário, os quais irão permanecer lá até que algum fato novo surja, e partir desse novo fato, as investigações sejam retomadas, pois tudo que foi falado, mencionado na época e até durante algum tempo depois, todas essas situações foram checadas, verificadas e comprovadas que as não eram os autores do crime”, afirmou a delgada Alessandra Maria ao Blog do Badiinho.
A delegada também afirmou que ainda existe como se provar quem cometeu o crime, pois o material genético coletado na vítima está preservado no Instituto de Criminalística, onde permanecerá preservado, e caso apareça um suspeito que tenha algum fundamento, a Polícia Civil fará as devidas investigações para concluir o caso.
“O caso fica em aberto até surgirem novas provas, o que pode acontecer daqui há 20 anos, o que permitirá o caso começar a correr novamente”, finalizou Alessandra Maria, delegada de Polícia Civil responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), da 9ª Delegacia de Polícia Civil da cidade de Catalão.
O Blog do Badiinho conversou na manhã de hoje, terça-feira (11/12), com a delegada responsável pelo caso, Dra. Alessandra Maria. Ela disse que mesmo o caso estando arquivado pelo Poder Judiciário, quando surge novas denúncias, afirmando que novas denúncias foram feitas recentemente, elas são investigadas e apuradas. Quanto a prescrição, Alessandra disse que não acontece, pois começa a ser contado a partir da identificação da autoria.
Entenda o caso
Iasmin de Sousa Martins Sousa Silva, hoje estaria com 13 anos de idade, estava desaparecida algumas horas, quando na manhã sombria do dia 09 de dezembro de 2013, trabalhadores da construção civil de uma residência no Jardim Paineiras, encontraram o corpo da garota, bastante machucado e com sinais de violência sexual.
Na época, assim como está o tempo agora, chuvoso, a semana em Catalão foi bastante tumultuada desde a morte de Iasmin, com a presença de repórteres do Jornal O Popular, Diário da Manhã e equipes de TV da capital de Goiás, isso até a prisão de um suspeito, um homem de 38 anos de idade, um pedreiro, que passados cerca de um mês que havia sido detido, o exame de DNA confirmou que ele não havia envolvimento com o assassinato da garota Iasmin.
Escrito por: Badiinho Filho