Escrito por: Pidim José Pedro Júnior/Jornal O Catalão
Fotos Reprodução
O Ginásio Internacional de Esportes de Catalão “Dimas Gomes Pires”, que sempre foi na verdade um “Elefante Branco”, que tem custo de manutenção muito elevado e pouca utilidade que justifique a imponência da construção, continua a gerar polêmica.
Abandonado há anos, o local virou abrigo de andarilhos, usuários de drogas e local propício para o criadouro do mosquito da Dengue. Diversas vezes já foi anunciada a sua reforma, com foguetórios e discursos, e nada foi feito.
Assim então com essa situação que coloca em risco a saúde pública, o promotor de justiça Cláudio Braga Lima propôs medida cautelar preparatória à ação civil pública, com o objetivo de que o Ginásio de Esportes não continue a ser abrigo do mosquito da Dengue. “De nada serve declarar por decreto emergência em saúde pública e investir em publicidade da campanha Goiás Contra o Aedes para conscientização da população quanto aos seus deveres civis se o próprio Estado de Goiás permite criadouros em seus prédios públicos”. Justificou com coerência o promotor.
O promotor também pede que o Ginásio seja cercado (cerca e tapume) e recoberto (falta parte da cobertura), até que as obras prometidas sejam efetuadas. A promotoria afirmou ainda que ao município de Catalão é requerido que seja obrigado a fazer a remoção, cadastramento e acolhimento em local adequado de todos os moradores de ruas e usuários de drogas que se encontram abrigados no interior do Ginásio. Também deverão ser providenciados documentos, abrigo digno e alimentação pelo prazo que desejarem ou até que sejam incluídos em programas sociais de transferência de renda e realização de trabalho integrado visando à promoção pessoal.
Questionada a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), órgão responsável por aquele Ginásio foi informado que a obra de reforma está orçada em R$ 9.561.336.82 (a primeira vez era R$ 3,3 milhões com acordo em uma parceria de R$ 3 milhões do Estado e de R$ 300 mil da Prefeitura). Não há previsão de quando será efetuado o serviço, já que o Estado enfrenta dificuldades financeiras.
O Ginásio já foi motivo de muita discussão sobre o direito a sua administração, quando então foi retirado da prefeitura de Catalão (gestão Adib Elias) seu gerenciamento, ficando com Agel do governo do Estado de Goiás. Daí em diante nada foi feito pela sua manutenção, a não ser na designação de funcionalismo remunerado.
De acordo com Cláudio Braga, as medidas são urgentes, tendo em vista “o grande risco de disseminação de doenças ante o abandono do ginásio de Catalão por parte do Estado de Goiás, bem como a permanência da situação de indignidade humana dos moradores de rua e usuários de drogas que lá se abrigam sem nenhum apoio da Secretaria Social de Ação e Promoção Social de Catalão”. Com informações complementares da Ascom do MP Goiás.