O Ministério da Cidadania afirmou que o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 será a partir de agosto. O calendário de julho do benefício já começa na próxima segunda-feira (18), com o pagamento dos atuais R$ 400 a 18,1 milhões de pessoas.
O aumento do valor para R$ 600 até o fim do ano faz parte da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Benefícios Sociais, aprovada nesta quarta-feira (13) na Câmara Federal, com 469 votos favoráveis e 17 contrários. O texto segue agora para a promulgação.
A proposta autoriza o governo federal a gastar R$ 41,2 bilhões para conceder benefícios sociais apenas até o fim do ano, com início do pagamento a alguns meses das eleições. Entre outros pontos, a PEC concede um auxílio financeiro a caminhoneiros e taxistas e amplia os valores do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás.
Do total de recursos aprovados, R$ 26 bilhões serão destinados ao Auxílio Brasil, que terá a partir de agosto um acréscimo de R$ 200 ao valor mínimo pago a cada família, passando de R$ 400 para R$ 600. No caso do Auxílio Gás, será destinado R$ 1,05 bilhão para complementar o valor pago a cada dois meses aos cidadãos contemplados com o benefício.
Os caminhoneiros cadastrados no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) receberão R$ 1.000 mensais. Os motoristas de táxi cadastrados até 31 de maio de 2022, mediante apresentação do documento de permissão, terão direito a R$ 200 mensais após regulamentação da forma de pagamento.
Segundo o Ministério da Cidadania, a meta é incluir todas as famílias habilitadas a receber o benefício. Dados da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) mostram um aumento de 113% em abril da fila no CadÚnico (Cadastro Único), que permite o acesso ao Auxílio Brasil. São 2,7 milhões de famílias que aguardam a transferência de renda.
Neste mês, além do Auxílio Brasil, será pago o Auxílio Gás sem a ampliação. Os beneficiários com final 1 no NIS (Número de Identificação Social) são os primeiros a receber, de acordo com o calendário do programa, cujos repasses vão até o dia 29 de julho.
NIS 1 – 18/7
NIS 2 – 19/7
NIS 3 – 20/7
NIS 4 – 21/7
NIS 5 – 22/7
NIS 6 – 25/7
NIS 7 – 26/7
NIS 8 – 27/7
NIS 9 – 28/7
NIS 0 – 29/7
NIS 1 – 18/8
NIS 2 – 19/8
NIS 3 – 22/8
NIS 4 – 23/8
NIS 5 – 24/8
NIS 6 – 25/8
NIS 7 – 26/8
NIS 8 – 29/8
NIS 9 – 30/8
NIS 0 – 31/8
O Auxílio Brasil é, hoje, o maior programa de transferência de renda do país, voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, as famílias precisam atender a critérios de elegibilidade, ter os dados atualizados no CadÚnico (Cadastro Único) nos últimos 24 meses e não podem ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e as que estão em outras bases de dados do governo federal.
Para ser incluído no programa, o principal critério é a renda mensal calculada por pessoa da família, que corresponde à soma de quanto cada integrante ganha por mês, dividida pelo número de pessoas que moram na casa.
• Se a renda mensal por pessoa for de até R$ 105 (situação de extrema pobreza), a entrada no programa poderá acontecer mesmo se a família não tiver crianças nem adolescentes.
• Se a renda por pessoa for de R$ 105,01 a R$ 210 (situação de pobreza), a entrada só será permitida se a família tiver, em sua composição, gestantes, crianças ou adolescentes.
Quem está em uma dessas situações mas ainda não fez a inscrição no CadÚnico precisa se inscrever e aguardar a análise informatizada, que avalia todas as regras do programa. A seleção é feita de forma automática, considerando a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário anual do Auxílio Brasil, por meio do Sibec (Sistema de Benefícios ao Cidadão).
Pelas regras do Auxílio Brasil, as famílias que tiverem aumento da renda mensal acima do valor estipulado para o perfil do programa, de R$ 210 por pessoa, e que apresentarem em sua composição crianças, jovens de até 21 anos ou gestantes poderão continuar a receber o benefício por até 24 meses, desde que esse aumento não supere o valor de R$ 525 por pessoa.
O objetivo é dar aos beneficiários a segurança de que eles terão o acompanhamento e a proteção de renda do governo federal durante o processo de construção da sua autonomia financeira.
Em caso de perda de renda depois de deixar o programa, a família pode solicitá-lo novamente à gestão municipal. Com isso, se voltar a atender aos requisitos estabelecidos, a família terá prioridade na concessão do benefício.
Publicado por: Badiinho Moisés/Via Portal R7