O médico infectologista do Hospital Nasr Faiad, Dr Vinícius Rezende, falou ontem sobre o Dia Mundial de Luta contra AIDS. O assunto foi debatido durante entrevista concedida a uma rádio da cidade.
De acordo com o especialista, em 10 anos (entre 2006 e 2016) o número de casos no Brasil aumentou em pouco mais de 4%, fazendo com que o país seja o de maior incidência na América Latina. E ele fez o alerta: o paciente pode ser assintomático por 8 a 10 anos. “Busque informação”, disse ele ao alertar de doenças oportunistas, o que piora o estado de saúde do paciente. “Como não se aborda a Educação Sexual nem na escola nem em casa, pode aumentar o número de casos”.
Durante a entrevista, Dr Vinícius lembrou que hoje, o tratamento de HIV é diferente do início dos anos 80 e 90, quando os primeiros casos apresentados no mundo. Para ele, o vírus de HIV é uma pandemia mundial. “Ser diagnosticado como portador de HIV era uma sentença de morte. Hoje, os tratamentos apresentam eficácia, com expectativa de vida melhor”.
Apesar da evolução no tratamento e nos esclarecimentos, o médico acredita que a nova geração “banalizou a doença”, o que pode também elevar o número de contaminados. “Os jovens entre 15 e 24 anos tendem a acreditar que a infecção pelo HIV é só uma doença crônica”. Durante a entrevista, o médico falou por mais de uma vez, que a doença tem tratamento e vários métodos de prevenção, além do uso de preservativos. Além disso, ele lembrou que o tratamento é gratuito, bancado pelo SUS (Sistema Única de Saúde). O tratamento regular e eficaz é capaz de diminuir as suas complicações devido à doença ou relacionadas às infecções pelo HIV, reduzindo sua transmissão, melhorando também a qualidade de vida do paciente e diminuindo a mortalidade.
Outro fator que melhora a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, é o uso regular e correto dos medicamentos, consultas regulares, alimentação saudável, o que pode reduzir o número das internações e infecções por doenças oportunidades.
Escrito por: Redação