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Agrodefesa de Catalão alerta sobre cadastro das lavouras Soja

O coordenador da Agrodefesa de Catalão, Lúcio Costa, ressaltou a necessidade de os sojicultores realizarem o cadastro obrigatório das lavouras. Durante uma entrevista ao Blog do Badiinho, ele explicou que a medida é essencial para o controle sanitário e o monitoramento das áreas cultivadas em Goiás. Além disso, o procedimento segue uma determinação legal e exige o comprometimento dos produtores.

Por que o cadastro é importante?

O cadastro das lavouras permite que a Agrodefesa identifique a localização das áreas plantadas e os cultivares utilizados. Com essas informações, o órgão consegue monitorar pragas, como o amaranto, e doenças, como a ferrugem asiática. Ademais, o cadastro ajuda a organizar o controle do vazio sanitário e o manejo pós-colheita.

De acordo com Lúcio Costa, os produtores têm até 15 dias após o plantio para concluir o cadastro. Entretanto, o prazo final é 16 de janeiro de 2025. Apesar do ritmo acelerado no campo durante a safra, ele reforçou que cumprir essa obrigação é indispensável. O procedimento pode ser feito online ou presencialmente nos escritórios da Agrodefesa, onde equipes técnicas estão prontas para auxiliar.

O que acontece se o produtor não se cadastrar?

Os sojicultores que ignoram o cadastro enfrentam penalidades. Lúcio explicou que a Agrodefesa verifica a produção por meio da compra de insumos e sementes. Dessa forma, mesmo sem o registro, o órgão consegue identificar as áreas cultivadas. No entanto, ele enfatizou que informar esses dados é essencial para garantir o monitoramento correto. “O cadastro não é apenas uma exigência legal; ele protege as lavouras contra perdas sanitárias e econômicas”, destacou.

Além disso, a Agrodefesa oferece suporte gratuito, como análises de sementes. Esse serviço permite que os produtores avaliem a qualidade das sementes e identifiquem possíveis problemas no plantio.

Calendário de plantio e o vazio sanitário

O plantio da soja em Goiás começou em 25 de setembro e pode ser realizado até dezembro. Após esse período, a legislação proíbe o cultivo da safrinha, respeitando o vazio sanitário. Essa pausa ocorre entre julho e setembro e tem como principal objetivo conter a proliferação de fungos, como o causador da ferrugem asiática.

Lúcio Costa enfatizou que o vazio sanitário resulta de uma colaboração entre produtores, instituições de pesquisa e o governo. Essa prática reduz a necessidade de fungicidas, minimiza prejuízos econômicos e fortalece a sustentabilidade da cadeia produtiva.

Como as mudanças climáticas afetam a produção?

As condições climáticas representam um desafio constante para os agricultores. Chuvas intensas dificultam o manejo das lavouras, como a entrada de maquinário e a aplicação de insumos. Mesmo assim, Lúcio ressaltou que a falta de chuva causa impactos ainda mais graves. “Embora o excesso de chuva atrapalhe em alguns momentos, a seca compromete completamente o desenvolvimento das plantas e pode gerar prejuízos significativos”, explicou.

Mensagem final aos produtores

Ao encerrar, Lúcio Costa reforçou a importância de os produtores respeitarem os prazos do cadastro. Ele destacou que esse procedimento beneficia toda a cadeia produtiva ao garantir sanidade e produtividade para as lavouras. “O cadastro protege as plantações e ajuda a prevenir prejuízos. Por isso, todo produtor deve cumprir essa obrigação com responsabilidade”, concluiu.

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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