A empresa de Portugal EDP foi a vencedora do leilão de privatização da Celg Transmissão (Celg T), de Goiás, que detém a concessão de mais de 755 quilômetros de extensão de linhas de transmissão de energia elétrica do estado. O leilão ocorreu na tarde desta quinta-feira (14/10), na sede da bolsa de valores (B3), em São Paulo (SP).
O martelo foi batido com o lance de R$ 1,977 bilhão, mais de 80% acima do valor mínimo, que era de R$ 1,097 bilhão. A Celg T é produto da cisão da Celg Geração e Transmissão (Celg GT).
Déficit previdenciário
O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que o recurso com a venda da Celg T será usado para minimizar o déficit previdenciário, que atualmente está entre R$ 2,5 e R$ 3 bilhões por anos, segundo ele. “É uma situação que nos preocupa, temos que ter responsabilidade fiscal”.
O governador anunciou que vai encaminhar para a Assembleia Legislativa um projeto que retira a cobrança de 14,25%, referente à contribuição previdenciária de todos os aposentados do serviço público do Estado que tenham rendimentos de até R$ 3 mil.
Agora, a empresa vencedora assume as obrigações da companhia, como pagamento de salários e benefícios aos funcionários. A Celg T detém a concessão de mais de 755 quilômetros de extensão de linhas de transmissão, com contratos de concessão com prazo final entre 2043 e 2046 e 12 subestações próprias, com receita anual permitida (RAP) de R$ 216 milhões. O leilão do braço de transmissão da Celg atraiu grandes grupos do setor elétrico por ser um negócio atrativo e de baixo risco.
Em novembro de 2016, a Celg Distribuição (Celg D) foi leiloada por R$ 2,187 bilhões para a italiana Enel. Caiado aproveitou a venda da Celg T desta quinta para atacar o leilão de cinco anos atrás, quando o governador era Marconi Perillo (PSDB), sugerindo que teria vendido por um valor maior e feito mais investimentos com o recurso.
Publicado por: Badiinho Moisés/com informações do Metrópoles
