Escrito por: Cristiane Lima – Jornal O Popular
A insuficiência, por sua vez, foi causada pela mesma substância encontrada na região dos glúteos da mulher (Foto: Reprodução)
A causa da morte de Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, foi insuficiência respiratória aguda. O laudo foi apresentado na tarde da última quinta-feira, 25, pelo corpo técnico de peritos do Instituto de Criminalística de Goiás. Mas os médicos legistas destacaram que esse problema foi causado pela mesma substância injetada nas nádegas da vítima. “A mesma substância que foi identificada na região dos glúteos também foi identificada nos pulmões. Com isso, fica comprovado que a substância aplicada foi disseminada no corpo e causou a morte”, resumiu a superintendente do instituto, Rejane da Silva Sena Barcelos.
Os exames não conseguiram confirmar a substância injetada. Os testes avaliaram metacrilato, silicone e hidrogel. “Mas com os resultados dos exames entendemos que a substância não interferiria nos resultados, já que, independente de qual foi aplicada, ela se disseminou e chegou ao pulmão, causando embolia e a insuficiência respiratória”, explicou a médica legista, Ívia Carla Nunes. Ela também detalhou que a forma de aplicação, com agulhas, contribuiu para a situação. “Esse tipo de procedimento é legal e benéfico quando realizado da maneira adequada. Para esse procedimento, não se usa agulha, mas cânulas específicas.”
Maria José morreu no dia 25 de outubro de 2014 depois de se submeter a um procedimento estético em um quarto de hotel. A aplicação de substância de preenchimento nos glúteos foi realizada pela esteticista Raquel Policena, na companhia do namorado. Os dois foram indiciados e poderão responder a processo na justiça por homicídio.