Escrito por: Badiinho Filho/Fonte: Jornal O Popular
Fotos: Reprodução
Com o título de “VITÓRIA ANTECIPADA”, a história de superação do catalano Cássio Adriano, o serralheiro, estudante de Ciências Contábeis, amante do Motocross, que teve sua maior vitória destacada fora das pistas, foi destaque do Jornal O Popular na edição de ontem, sexta-feira (24). Cássio, que foi desencanado pelos médicos, lutou e superou a leucemia, e hoje, sábado, 25 de fevereiro de 2017 retorna ao Motocross, sua maior paixão, concorrendo o campeonato goiano no Carnacross de Três Ranchos.
Leiam abaixo a matéria do jornalista Jânio José da Silva, do Jornal O Popular.
Após enfrentar o tratamento e superar a leucemia, Cássio Adriano celebra a vida com retorno às pistas.
O piloto Cássio Adriano Evangelista Fonseca, de 28 anos de idade, disputa hoje, sábado (25) o 27º Carnacross, em Três Ranchos. Prova tradicional do Motocross goiano que a abre a temporada, o Carnacross é, para Cássio Adriano, um evento especial. Afinal, além de ter vivido parte de sua vida em Três Ranchos, Cássio Adriano reestreará no Goiano de Motocross, na categoria Nacional 230, unificada e com motos de menor custo de preparação.
Pode-se dizer que, antes mesmo da largada, Cássio Adriano é um campeão, vencedor na luta travada pela sobrevivência. Isso porque, de julho de 2015, Cássio deixou de acelerar a moto. Pausa na vida, projetos e no esporte. Teve de se internar e lutar para sobreviver, neste período, no Hospital Araújo Jorge em Goiânia.
Motivo: leucemia, diagnosticada antes, em meados de 2015, após prova de cross country, em Davinópolis. “Tive uma queda. Em casa, vi hematomas no corpo. Pensei que fosse por ter caído na corrida.” Ele teve infecção de garganta e sangramento. Procurou atendimento médico, fez exames e logo recebeu telefonema para voltar ao hospital.
“Estava com anemia alta. Os sintomas eram mais sérios”, revelou Cássio. Logo, foi transferido para Goiânia. Diagnóstico e prenúncio de que a vida estava por um fio. Em vez de se equilibrar sobre as duas rodas, teria de se apegar às diminutas chances. “Deram (médicos) a expectativa de duas semanas de vida. Até um tio, que estava na Suíça, voltou. Eu não sentia nada.”
Ele encarou o tratamento intensivo, forte, doloroso. Sessões de quimioterapia, muitas transfusões de sangue, três paradas cardíacas e infecção, além de estar com água retida no pulmão.
Acompanhado da mãe, Marilda Evangelista Vaz, Cássio morou no Hospital Araújo Jorge durante cerca de cinco meses. Saiu algumas vezes. Ficava na casa de parentes, descansando. Retornava ao hospital e resistia.
Sobreviveu, se recuperou, vivendo cheio de expectativa e projetos. Antes da doença, correu duas vezes no Goiano de Motocross. No sábado (25), na volta “à vida que gosto”, não se importa se ganhará a prova.
Ele não pode se descuidar dela. Tem de passar por exames periódicos usa medicamentos. Mas, tem vida normal. Vivendo aqui em Catalão, cursa Ciências Contábeis. Trabalha em uma grande serralheria da cidade. Treina fisicamente e se diz ansioso. “Estou de volta para fazer o que gosto.