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Cerca de 3 mil voltam ao trabalho após férias coletivas, em Catalão

Escrito por: Portal G1

Após dez dias de férias coletivas, os três mil funcionários da montadora Mitsubishi, em Catalão, voltaram ao trabalho na quinta-feira (16). O recesso forçado foi feito para evitar mais demissões, depois que a empresa fez o desligamento de cerca de 180 trabalhadores, em junho passado. Destes, 150 foram demitidos e outros 30 aderiram a um programa de demissão voluntária.

Os funcionários que voltaram ao trabalho esperam que as vendas voltem ao normal. Para Rhaolny Marques retornar e ver o pátio que estava lotado de veículos mais vazio já é um alívio. “Da mais ânimo com certeza. Estou 100% descansado para o trabalho”, conta.

Outros trabalhadores esperam um aumento nas vendas. Antônio Sérgio Gonçalves também é funcionário e torce para o mercado se recupere o mais breve possível. “Esta aceleração nas vendas é que vai evitar outras demissões. E dependendo da reação do mercado, quem sabe até abrir outros postos de trabalho”, disse.

A montadora pretendia ainda mandar cerca de 400 trabalhadores embora, mas suspendeu as demissões pelos próximos três meses depois de fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão. Os metalúrgicos da Mitsubishi entraram em férias coletivas no dia 6 e voltam 16 de julho. A medida atingiu todos os setores da fábrica e foi tomada para adequar a produção por conta da crise no setor automotivo.

Crise

Em maio, a fábrica da Suzuki em Itumbiara, no sul de Goiás, foi fechada e toda linha de produção foi transferida para a Mitsubishi, em Catalão, marca da qual é coligada. Em nota divulgada na época, a Suzuki informou que “está em busca do máximo de eficiência” diante da situação atual do mercado automotivo, com custos altos e crescimento retraído. O comunicado disse ainda que em virtude dessa situação, “está fazendo uma reestruturação do seu modelo de produção”.

No início de junho as montadoras de carros Mitsubishi, em Catalão, e a Hyundai, em Anápolis, anunciaram que iriam parar suas linhas de produção por tempo determinado. Na ocasião a Hyundai, concedeu férias coletivas de 20 dias aos 1,6 mil funcionários. Já a Mitsubishi, em Catalão, no sudeste goiano, parou sua linha de montagem de veículos por uma semana.

Na época, a Hyundai afirmou que o afastamento dos servidores foi motivado por uma “readequação de estoque”. Já a Mitsubishi explicou que precisou de uma “readequação interna das linhas de produção.

Estoque parado

A estimativa é que pelo menos 5 mil carros estejam parados no pátio em Anápolis. Essa é a segunda vez que a montadora para a produção neste ano. Em abril, a fábrica já havia ficado fechada por 20 dias. Já em Catalão, há cerca de 450 veículos que ainda não foram encaminhados às concessionárias. Por dia, são produzidos 150 automóveis.

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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