De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a média histórica de precipitação em janeiro, conforme as Normais Climatológicas de 1991-2020, é de 272 mm para Catalão e 272,2 mm para Ipameri. Esse é, sem dúvida, o mês mais chuvoso do ano. Agora, a previsão climática para janeiro de 2025, com base no modelo RegCM4, indica anomalias positivas de precipitação em Goiás, especialmente na região Centro-Sul.
Por isso, as chuvas podem superar a média histórica. Além disso, os mapas climáticos mostram tonalidades em azul, que destacam as áreas com precipitações acima do esperado. Para Catalão e municípios vizinhos, o aumento previsto pode variar de 50 a 150 mm acima da média. Assim, o cenário promete benefícios para a agricultura e o armazenamento hídrico; no entanto, também eleva o risco de eventos extremos, como enchentes e enxurradas, principalmente em áreas urbanas e rurais.
Chuvas Intensas em Dezembro de 2024
Durante o mês de dezembro de 2024, Catalão registrou índices pluviométricos elevados, alcançando 473,6 mm na estação automática e 347,6 mm na estação convencional. Além disso, Ipameri e Pires do Rio também apresentaram volumes significativos, com 254,5 mm e 256 mm, respectivamente. Esses números confirmam o retorno das chuvas volumosas na região, após um longo período de estiagem.
Retrospectiva Climatológica de 2024
Os dados climáticos de 2024 destacam uma marcante sazonalidade entre os períodos chuvoso (outubro a março) e seco (abril a setembro). Em termos de acumulado anual, o total foi de 1.732,1 mm, superando a média histórica de 1.408,3 mm por 323,8 mm.
Entre os meses de maior destaque, março apresentou 381,1 mm, excedendo a média de 212,7 mm com um saldo positivo de 168,4 mm. Do mesmo modo, novembro registrou 331,6 mm, superando a média de 188,6 mm em 143 mm. Além disso, dezembro também contribuiu significativamente para a recuperação hídrica do solo, registrando 347,3 mm.
Por outro lado, durante a estação seca, os déficits pluviométricos foram notáveis. De maio a setembro, praticamente não houve chuvas significativas. Maio, por exemplo, apresentou um déficit de 28,5 mm, enquanto setembro teve um déficit ainda maior, de 36,7 mm. Essa ausência prolongada de chuvas impactou negativamente o armazenamento hídrico, comprometendo, em particular, a agricultura dependente de irrigação.
Impactos e Planejamento
Por um lado, os excedentes hídricos observados em meses como março e novembro favoreceram a recarga de aquíferos e reservatórios, o que foi positivo. Por outro lado, os déficits durante a estação seca destacaram a necessidade de estratégias eficazes para a gestão hídrica. Assim, é recomendada a implementação de medidas como a construção de bacias de retenção, a recuperação de áreas degradadas e um planejamento agrícola mais eficiente.
Diante disso, as chuvas acima da média previstas para janeiro de 2025 reforçam a importância de monitorar as condições climáticas. Desse modo, a população deve ficar atenta a alertas de chuvas intensas, rajadas de vento, alagamentos e outros possíveis danos à infraestrutura urbana e rural.
Informações: Prof. Rafael de Ávila Rodrigues, Laboratório de Climatologia IGEO/UFCAT
Fonte: INMET