Durante os meses de inverno, a maioria das cidades goianas enfrenta clima seco, com a umidade do ar podendo cair para menos de 30% em alguns locais, nível abaixo do ideal recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo uma especialista do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) de Uruaçu, essa situação aumenta a incidência de problemas como alergias respiratórias e viroses, exigindo cuidados especiais com a saúde.
“A época mais fria do ano leva as pessoas a manterem as casas fechadas, o que impede a circulação de ar. Isso é problemático, pois os agentes causadores de alergias, como poeira, poluição e pelos de animais, permanecem mais tempo no ar, provocando doenças como rinite e conjuntivite”, explica a médica infectologista Nívia Ferreira.
A baixa umidade do ar também compromete a hidratação corporal e resseca as mucosas das vias aéreas, aumentando a vulnerabilidade a crises de asma, sinusite, e infecções virais e bacterianas. A desidratação pode tornar o sangue mais denso, causando sintomas como cansaço e dor de cabeça, que ocorrem devido à falta de água e sais minerais no organismo.
Gripes e resfriados são mais frequentes nesse período, pois o ar seco facilita a dispersão de vírus e bactérias. “Por isso, é importante manter a casa sempre limpa e bem ventilada, além de hidratar o corpo consumindo bastante água ao longo do dia”, complementa a médica da unidade gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED).
Outras medidas preventivas incluem o uso de umidificadores ou toalhas molhadas durante a noite; evitar colocar as mãos na boca, nariz e olhos; proteger-se do sol com protetor solar e hidratantes; além de evitar aglomerações e locais fechados com pouca circulação de ar. Em caso de sintomas, é recomendado procurar a unidade de saúde mais próxima, que poderá encaminhar para hospitais de referência, se necessário.
Escrito e publicado por: Badiinho Moisés