Depois do fechamento da fábrica laticínio e anúncio de liquidação da Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal), três vereadores da cidade abraçaram a causa, sendo eles: Daniel do Florestas (PMDB), Marcelo Mendonça (REDE) e Arcilon Sousa Filho (PSD), criando a “Frente Parlamentar em Defesa da Cocal” (frente suprapartidária formada por vereadores em favor do seu resgate), o trio recebe o apoio do líder do Movimento Camponês Popular, o cooperado Wender Borges, que juntamente com outros produtores de leite cooperados da Coacal, contrataram uma assessoria jurídica de São Paulo para evitar a liquidação do patrimônio da Cooperativa de quase sete décadas, e assim, resgata-lá aos catalanos.
Na semana passada, os que são contra o fechamento definitivo da Coacal, realizaram uma Audiência Pública no auditório da Câmara Municipal de Catalão, e quem fez toda a cobertura deste evento, foi a jornalista, Cristina Mesquita.
Nova assembleia poderá ser convocada e Ministério Público será acionado
Na última quinta-feira, 12 de abril, sem dúvida, a presença do advogado especialista em Cooperativas, Juvelino José Strofake, na reunião com cooperados da Coacal e a Frente Parlamentar em Defesa da Cocal (frente suprapartidária formada por vereadores em favor do seu resgate) deu mais fôlego aos que defendem seu resgate e não liquidação, como foi aprovada em assembleia. É que o advogado foi claro: “até que as atividades da cooperativa forem encerradas no cartório, uma assembleia extraordinária pode ser convocada e é soberana à decisão anterior”.
Traduzindo: os cooperados podem “chamar” para uma assembleia extraordinária. Nela, a diretoria que está a frente de sua liquidação, pode ser destituída e nomeada outra diretoria e aprovação com outro plano de recuperação.
Na reunião da última quinta-feira (12), o advogado foi claro: “para o sucesso da empreitada, é preciso a organização dos cooperados e conseguir o maior número deles”.
Algo que chamou muita atenção: segundo o advogado, no modelo atual, caso a liquidação seja feita, se houver sobra financeira (tipo de lucro), depois de todo processo, ele vai para uma Federação de cooperativa ou associação das cooperativas e não para os cooperados, como se imaginava.
Na reunião ficou decidido, a ida ao Ministério Público para que o promotor da Pasta acompanhe todo o processo. Segundo o advogado, a cooperativa tem cunho social, para tanto é possível que o MP acompanhe os passos tomados. Até porque, segundo o vereador Marcelo Mendonça (REDE), as contas da antiga diretoria foram rejeitadas.
Na reunião, vários outros parlamentares estiveram presentes, como Paulo Moreira do Vale (DEM), Cleuber Vaz (PTC), Luiz Pamonheiro (PRB), Helson Barbosa (MDB) e Jair Humberto (PROS).
Em recente declaração dada por telefone para uma emissora de TV de Catalão, o ex-presidente da Cocal, Carlos Henrique Duarte, afirmou que a única saída para conter o roubo financeiro da cooperativa é a sua liquidação, o que teria sido aprovada recentemente em assembleia, a mesma assembleia que reprovou as contas da diretoria destituída e que era presidida por Henrique.
O Blog do Badiinho também seguirá acompanhando passo a passo do imbróglio da maior crise financeira vivida dentro da Cooperativa Agropecuária de Catalão (COACAL).
Escrito por: Badiinho Filho/Com informações da Jornalista Cristina Mesquita
Foto: Cristina Mesquita