Ontem, quinta-feira, 24 de maio, quarto dia de greve dos caminhoneiros, o Governo Federal convocou uma entrevista coletiva para divulgar que teriam fechado um acordo com alguns representantes dos caminhoneiros e chegou até a anunciar que a greve se encerraria, a notícia dada pela Globo News e demais agências de TV do país, fez com que os caminhoneiros se irritassem mais ainda, os quais garantiram que a greve continuariam.
Em Catalão pro exemplo, onde exitem aproximadamente seis pontos de bloqueios nas rodovias federais e estaduais, permitindo que cerca de 2 mil caminhões permaneçam parados na cidade. Na noite de ontem, o líder do movimento em Catalão, Wallace Landim, disse que a greve irá continuar até o governo negociar com que está parado nas estradas, afirmou em vídeo gravado e compartilhado nas redes sociais.
Vejam o vídeo com as declarações de Wallace Landim:
Wallace Landim, que representa o movimento na região Centro Oeste do país, acompanhando de Cláudio Honorato e outros líderes de diferentes regiões do país, tiveram seus nomes retirados da lista para participarem da reunião de negociação no Palácio do Planalto, o que gerou revolta entre eles. A falta de habilidade política do Governo Federal, em fazer acordo com apenas uma parte dos que estão participando do protesto agravou mais ainda a situação. Essa atitude, talvez tomada por desespero do governo devido o tamanho do problema, mas ao soltarem a notícia de que teriam fechado um acordo, gerou dúvidas e revoltas nos caminhoneiros que protestam com apoio da população brasileira.
Hoje pela manhã, a cada atualização da página do G1, aumentava um estado que não seguiram o tal acordo anunciado na noite de ontem, e até a finalização deste texto, somavam-se 22 estados em que os caminhoneiros não saíram de seus lugares, fazendo com a greve entre no seu quinto dia seguido.
Enquanto o governo bate-cabeça sem habilidades políticas, o caos se instala nos quatro cantos do país, como acontece em Catalão Goiás, cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, onde já não se encontra nenhuma gota de combustível nos 21 postos, fabricantes de veículos como a montadora da Mitsubishi que paralisou sua produção e com o transporte coletivo reduzindo o número de veículos nas ruas, e claro, com a população inteira se solidarizando com os caminhoneiros que estão recebendo desde alimentação, água a produtos de higiene.
Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Drne Super/Blog do Badiinho
