Acompanhada de seu advogado, Adriana Borges, 39 anos de idade, se apresentou na sede da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher de Catalão (DEAM), onde ela prestou depoimento para a delegada responsável do caso, Dra. Alessandra Maria de Castro. Adriana também entregou a arma do crime, ocorrido na tarde do último sábado, 31 de março, em um estabelecimento comercial que fica as margens da GO 330, a poucos metros da ponte do Rio São Marcos, já no município de Davinópolis Goiás.
Adriana teria dito em depoimento que não tinha a intensão de matar a jovem, que apenas queria conversar com ela, porém essa conversa teria partido para agressões verbais, o que culminou para o fim trágico, a execução de Ana Vitória com um tiro na cabeça. Adriana Borges teria descoberto um relacionamento entre a jovem e seu marido, um comerciante de 34 anos de idade, que é dono do restaurante onde a vítima já teria trabalhado antes. A vítima, no dia do crime, teria sido contratada para trabalhar novamente no restaurante, porém, Ana Vitória não sabia que estava sendo contatada para morrer.
A delegada Alessandra Maria de Castro, concedeu uma entrevista coletiva aos jornalistas e repórteres da cidade de Catalão na manhã desta terça-feira, 03 de março. Leiam abaixo a entrevista na íntegra que administrada pelo repórter da TV Anhanguera de Catalão, Alaor Rodovalho.
Delegada Alessandra Maria: “Ela explicou que no dia mesmo do fato, um pouco mais, ela soube que a menina que trabalhava com ela, que era amiga dela, no caso a Ana Vitória, ela estaria tendo um relacionamento com o marido dela (Adriana). Por meio de redes sociais ela descobriu isso, e imediatamente ela ligou para a Ana Vitória e pediu que fosse até o restaurante ajudar no afazeres como era de costume. Ela (Adriana) foi até a casa de Ana Vitória, buscou ela, chegou até o restaurante, assim que chegou ela meio que perturbada com a informação, ela não tocou no assunto por algum tempo, pois havia gente no restaurante, até o momento que ela foi conversar com a Ana Vitória sobre essa questão, pois ela queria conversar para saber se isso era verdade ou não, e posteriormente ela pretendia colocar o marido na conversa, mas aí iniciando a conversa com a Ana Vitória, ela não evoluiu de forma tranquila, teve ofensas, segundo a Adriana a Ana Vitória teria a ofendido, falado coisas que deixou ela muito ofendida, e com uma arma ali próximo, ela pegou essa arma e desferiu somente um tiro que acabou por levar a vida de Ana Vitória”.
Alaor Rodovalho: A Adriana irá responder o inquérito em liberdade?
Delegada Alessandra Maria: “Por enquanto sim, a Lei fala que se o autor do crime se apresentar espontaneamente e contribuir com todos os atos processuais, não se imporá a prisão preventiva. Teria corrido a prisão em flagrante se ela tivesse sido pega no momento do fato, mas como não ocorreu essa prisão em flagrante, agora ela pode vir a ser presa a qualquer momento, caso ela venha ter alguma atitude que faça ser necessária, ou seja, que ela se enquadre dentro dos requisitos para se pedir uma prisão preventiva. Até o momento, todas as atitudes da Adriana, não demonstrado necessidades de se pedir uma prisão preventiva ou temporária, pois ela (Adriana) se apresentou espontaneamente, ela apresentou a arma utilizada para o crime, ela informou o seu paradeiro aqui na delegacia, para a justiça, ou seja, até o momento não vislumbramos a necessidade de promover a prisão dela”.
A arma do crime foi entregue para a delegada juntamente com cinco munições. Se condenada, Adriana Alexina Leal Borges, 39 anos de idade, poderá pegar até 30 anos de cadeia.
Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Reprodução/TV Anhanguera