A audiência que foi realizada no Fórum de Catalão não pode ser acompanhada pela imprensa. A coordenadora escolar e a mãe da aluna ficaram frente a frente pela primeira vez desde de que a agressão aconteceu no início do mês de setembro, dentro do Colégio Estadual Dona Iayá.
A coordenadora ficou com vários hematomas pelo corpo, vista em várias imagens que circularam pelas redes sociais, tiradas no dia que ela foi agredida.
A educadora afirma que chamou a mãe da aluna para conversar sobre atitudes inadequadas da filha e acabou sendo espancada. Na época, ela deu detalhes sobre a agressão.
“Ela levantou, me empurrou, eu caí no chão e bati a cabeça. Ela subiu em cima de mim com toda a força, puxou meus cabelos e começou a bater minha cabeça contra o chão”, disse a educadora em entrevista concedida ao Jornal Anhanguera de Catalão.
A audiência realizada nesta quinta-feira (05), foi mediada por uma Promotora de Justiça, tendo como objetivo reunir as duas partes na busca de um acordo, como por exemplo uma indenização em dinheiro.
O tempo total de audiência foi de 40 minutos, sem acordo entre as partes entre a coordenadora educacional e a mãe da aluna, e sendo sem este acordo, o Ministério Público solicitou novas investigações por parte da Polícia Civil, e uma nova audiência está marcada para acontecer dentro de 30 dias.
O advogado a acusada disse que as agressões aconteceram, porque a coordenadora teria usado palavras ofensivas.
“Nós vamos trabalhar na tese da legítima defesa, da honra da filha”, disse o advogado da agressora, Arnaldo Moisés, em entrevista a concedida a equipe de TV. O defensor também disse que uma ofensa moral a menor, teria acontecido por parte da coordenadora.
A coordenadora agredida preferiu não gravar entrevista após a audiência.
“Foi feito a diligência de que agora a autoridade policial, o delegado de polícia irá ouvir as testemunhas do caso, e que ela possa ser então assim responsabilizada pelo ato que ela cometeu”, disse André Franco, advogado que defende a coordenadora.
Assim que a Polícia Civil concluir as investigações, o caso será repassado ao Ministério Público, que vai decidir se pede ou não a Justiça a condenação da mãe da aluna por algum crime, como lesão corporal por exemplo, e por enquanto o caso está sendo tratado apenas como vias de fato, que é uma contravenção penal, com pena prevista de até três meses de prisão ou multa. Já lesão corporal, tem pena prevista de um ano de prisão.
Escrito por: Badiinho Filho/Fonte: G1 Goiás
Fotos: Reprodução/G1 Goiás