O coronel Esmeraldino Jacinto Lemos, que por 16 anos comandou o 10º Batalhão de Bombeiros Militar de Catalão até o ano de 2015, será o comandante interino do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás. Ele estava à frente do Comando de Correições e Disciplina e assume o cargo no lugar do Coronel Dewislon Adelino Mateus, que pediu afastamento do comando da corporação após ser apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de venda de licenças de conformidade, um documento que indica o empreendimento está dentro do que pede a lei.
Na tarde desta quinta-feira (21), o governador Ronaldo Caiado se pronunciou pelas redes sociais sobre a operação e a troca no comando dos bombeiros, e reafirmou o seu apoio e confiança na corporação.
O coronel Esmeraldino Jacinto de Lemos assume interinamente o Comando-Geral dos Bombeiros de Goiás. Todas as pessoas que estão neste momento sendo denunciadas, ou sob investigação, estão afastadas.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) November 21, 2019
As que realmente, ao concluirmos que estão envolvidas, serão punidas. As que provarem inocência, retornam ao cargo. Essa é a posição do governo, com total tranquilidade.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) November 21, 2019
Reafirmo meu total apoio aos Bombeiros de Goiás. A todos os membros, o meu reconhecimento. É uma instituição que é referência no Brasil, hoje.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) November 21, 2019
Na manhã desta quinta-feira (21/11), o secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que seria montado um grupo de trabalho, comandado pelo secretário-adjunto da pasta, “para que apure em prazo breve a situação”.
Miranda afirmou que o comandante foi “apenas citado em um vazamento” e pediu afastamento até que a situação seja esclarecida.
“É preciso precaver que situações caso haja citações criminosas ou ilícitas administrativas, não ocorram mais. Temos é que proteger a instituição Corpo de Bombeiros”, afirmou o secretário. Miranda destacou ainda: “É uma instituição forte de profissionais na sua absoluta maioria de bens, trabalhadores e tem o reconhecimento da sociedade”.
A Operação Desconformidade foi deflagrada na manhã de terça-feira (19). Cinco empresários foram presos e 17 mandados de busca e apreensão cumpridos, inclusive na sede do Corpo de Bombeiros, em Goiânia. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), seis militares são suspeitos de integrar um esquema de venda de certificado de conformidade. A prisão dos bombeiros chegou a ser requerida, mas o pedido não foi deferido pela Justiça.
O governador do Estado, Ronaldo Caiado, afirmou em entrevista coletiva nesta manhã que, caso o envolvimento dos Bombeiros na venda de licenças não seja comprovado, eles poderão retornar aos cargos. “Os que provarem inocência retornarão às funcões em total tranquilidade”, afirmou durante o lançamento do Pacto Goiano pelo Fim da Violência Contra a Mulher, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. Caiado disse, no entanto, que quem tiver “culpa” será punido.
Escrito por: Redação/O Popular