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CRISE FINANCEIRA CHEGA A CATALÃO E PREFEITURA FECHA EM DIA DE PROTESTO DOS PREFEITOS DE GOIÁS EM GOIÂNIA

Prefeitura de Catalão e todos seus departamentos diretos e indiretos estão com portas fechadas nesta quarta-feira (13/09). Foto: Arquivo/Blog do Badiinho

Nesta quarta-feira, 13 de setembro, a Prefeitura de Catalão e todos os seus órgãos diretos e indiretos permanecerão com suas portas fechadas, interrompendo temporariamente o atendimento aos cidadãos catalanos. Essa medida foi adotada em virtude de um ponto facultativo decretado pelo prefeito Adib Elias, em resposta à grave crise financeira que está afetando os municípios brasileiros e o equilíbrio das contas públicas.

Em emissora de rádio local e em seus discursos públicos, o prefeito Adib tem destacado a queda significativa na arrecadação dos municípios devido à diminuição nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ele argumenta que essa situação está comprometendo o equilíbrio econômico das finanças municipais.

Além de Catalão, a maioria das prefeituras dos municípios vizinhos também aderiu ao protesto desta quarta-feira, 13 de setembro, incluindo as prefeituras de Três Ranchos, Anhaguera,  Cumari e Nova Aurora.

Destaque do Portal Mais Goiás desta quarta-feira, 13 de setembro, é que neste contexto, pelo menos 225 prefeitos de Goiás demonstraram solidariedade e confirmaram sua participação no “Dia Estadual de Protestos pela Autonomia Financeira dos Municípios”, realizado na manhã de hoje na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Esse ato foi convocado pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e pela Associação Goiana dos Municípios (AGM) como um pedido de socorro financeiro diante das dificuldades enfrentadas pela maioria dos municípios goianos.

É esperado que o número de municípios participantes aumente para 235 até o final do dia. O presidente da FGM, Haroldo Naves (MDB), que também é prefeito de Campos Verdes de Goiás, ressaltou que a situação financeira é alarmante e que esse protesto pacífico visa destacar os desafios enfrentados pelos municípios goianos. Ele afirmou: “No ano passado, tínhamos 7% dos municípios em déficit. Este ano, já são 65%. Isso representa um crescimento maior em comparação com outras regiões do Brasil, onde a média é de 51%”.

O aumento vertiginoso das despesas nos cofres públicos tem sido impulsionado por vários fatores acumulativos. Segundo Haroldo, esses fatores incluem o piso salarial do magistério, recomposição salarial dos servidores, e o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Isso resulta em um crescimento constante nas despesas com a folha de pagamento, independentemente das decisões dos gestores municipais. Além disso, há o aumento nos custos operacionais da máquina pública, bem como a necessidade de realizar procedimentos cirúrgicos e laboratoriais que estavam represados devido à pandemia, representando um gasto adicional de 245 milhões de reais.

 

Escrito e publicado por: Badiinho Moisés 

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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