Escrito por: Cleo Rezende/Assessoria de Comunicação Sefac
Foto: Divulgação
Os brasileiros consomem 27 quilos de hortaliças por ano, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das inúmeras espécies cultivadas no país, a batata, o tomate e a cebola, pela ordem, lideram a preferência dos consumidores.
Para discutirem o cultivo e a comercialização de legumes, vegetais e até mesmo de frutas, agricultores familiares da Comunidade Pirapintinga, município de Campo Alegre, representantes da prefeitura municipal e da Emater participaram do Dia de Campo sobre Estratégias para a Produção de Hortaliças, organizado pela Sefac por meio do Programa de Apoio e Reinserção Social (PARES). O evento aconteceu na propriedade de Silvano e Maria do Carmo Calaça, no dia 21 de outubro.
A assistente social da Sefac, Christiane Frezza, ressaltou que o evento foi uma oportunidade importante para que os produtores rurais trocassem experiências e conversassem sobre a comercialização dos produtos e completou: “É na agricultura familiar que existe a possibilidade de encontrarmos uma produção de alimentos saudáveis, que complementa a renda das famílias de forma direta. Sem a produção local de alimentos, teremos a alimentação de qualidade comprometida. O que precisamos é organizar de forma mais sustentável a demanda e oferta destes produtos.
Mas como cultivar uma horta? O engenheiro agrônomo da Sefac, Hagnon Cangussu ministrou palestra intitulada O quê, Como e Quando Plantar Hortaliças. Os temas sobre Estratégias de Comercialização de Hortaliças para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram abordados pelo secretário de Agricultura de Campo Alegre, Rondney Divino Ribeiro e pela nutricionista Débora Pereira de Souza, que destacou a importância das hortaliças na alimentação. “Precisamos comprar produtos da agricultura familiar, com foco na alimentação saudável, sem o uso de defensivos agrícolas e fertilizantes químicos, que beneficiem a nossa saúde e preservem a qualidade do solo.”, comentou Débora.
O PNAE determina os parâmetros nutricionais no cardápio dos estudantes, garantindo o direito da alimentação adequada durante o período letivo. Segundo a legislação que rege o programa, 30% dos produtos consumidos na merenda escolar devem vir direto da agricultura familiar. Em Campo Alegre, o cardápio das escolas municipais é elaborado por Débora. Ao todo, 1.300 alunos consomem, com bastante frequência, alface, brócolis, cenoura, couve, rúcula, tomate, chuchu, mamão, abacaxi etc, por isso é importante valorizar os agricultores familiares enquanto fornecedores.
Os irmãos Silvano e Maria do Carmo estão produzindo repolho, alface, jiló, tomate cereja, abobrinha, quiabo, rúcula e beterraba, que são comercializados por meio do PNAE e do PAA, em sacolões e feiras livres de Campo Alegre e Catalão. A iniciativa deu certo e eles estão contentes com os resultados. Tanto é que, no próximo ano, junto com o genro, ela deseja aumentar a produção e investir também na plantação de abacaxi. “Quem tiver pensando em cultivar horta para comercializar, é um bom negócio. Sabendo para quem e onde vender, é melhor ainda”, salientou Maria do Carmo.
Os participantes da atividade concluíram que precisam se organizar melhor e pré agendaram uma nova discussão em dezembro com a prefeitura de Campo Alegre para definirem o planejamento da produção em 2016 com escalas de produtos entre os participantes do programa.