Em uma entrevista à Rádio Bandeirantes, o governador Ronaldo Caiado reiterou sua demanda pelo fim das “saidinhas” de presos como uma medida essencial para combater o aumento da criminalidade no Brasil. Caiado enfatizou que criminosos vinculados a facções não temem a lei e expressou sua preocupação de que indivíduos altamente perigosos estejam autorizados a ficar fora por até sete dias, colocando em risco a segurança pública.
Durante a entrevista conduzida pelos apresentadores Marco Antônio Sabino e Vitor Lupato, Caiado mencionou que em Goiás, o benefício não foi concedido de maneira generalizada, e todos os presos foram monitorados para garantir o retorno. No entanto, levantamentos baseados em informações de secretarias estaduais revelaram que, durante o Natal, 56.924 presos foram beneficiados pela Justiça em 18 unidades federativas. Destes, 2.741 não retornaram, representando 4,8% do total. Em Belo Horizonte (MG), um policial foi morto por um detento beneficiado pela “saidinha”.
O governador enfatizou a necessidade de um enfrentamento corajoso contra facções criminosas, criticando governadores que, segundo ele, não controlam uma parte significativa de seus territórios, o que abre espaço para um estado paralelo. Ele destacou a importância de fortalecer os serviços de inteligência e garantir autonomia para as polícias.
Caiado também discutiu os resultados das políticas de austeridade e investimentos em segurança pública em Goiás. Entre 2018 e 2023, houve uma significativa redução em assaltos a bancos e ocorrências ligadas ao Novo Cangaço, enquanto os índices de latrocínios e roubos diminuíram em mais de 80%. Os homicídios tiveram uma redução superior a 50%, passando de 2.117 em 2018 para 1.042 em 2023, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
O governador elogiou o desempenho das forças policiais goianas e reforçou a importância de conceder às polícias o comando necessário para lidar efetivamente com a criminalidade. “Se não tiver coragem de dar às polícias o comando para agir no processo, não resolve o problema. Só passa pano”, concluiu ele.
Escrito e publicado por: Badiinho Moisés/Com informações da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás